Um grupo formado por técnicos do Tesouro Nacional estará em Natal, na próxima quinta-feira, para apresentar um diagnóstico sobre a situação das contas do Estado. Eles também devem recomendar, ao governador Robinson Faria, novas medidas que consideram necessárias para enfrentar a crise fiscal e regularizar o pagamento dos servidores.
A equipe técnica terá uma reunião com o governador às 9h da quinta, com a participação de secretários estaduais das áreas que estão relacionadas como enfrentamento da crise. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Dison Lisboa, disse, durante entrevista à rádio 96 FM, que foi convidado para a reunião.
#SAIBAMAIS#Os técnicos da área de finanças do Governo Federal também vão se reunir, às 17 horas, com o governador e os demais presidentes e chefes dos Poderes e órgão com autonomia orçamentária, como o Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado.
A expectativa é de que os representantes do Tesouro Nacional listem novas iniciativas que consideram essenciais para o Estado recuperar o equilíbrio nas contas. Eles também devem apresentar como o Ministério da Fazenda pode ajudar o Estado nesta recuperação. Há possibilidade, se o governo do Estado adotar as medidas recomendadas, da União mediar ou dar aval a um empréstimo junto ao Banco Mundial ou outra instituição financeira internacional.
A formação deste grupo de técnicos do Tesouro foi definida na mais recente do governador Robinson, dos deputados e senadores do RN com o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A ideia inicial foi a liberação direta, pela União, de R$ 600 milhões, mas, depois de um parecer contrário do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, o governo federal recuou e decidiu avaliar outras formas de contribuir para o Estado sair da crise.
Algumas medidas de ajuste fiscal foram enviadas pelo governo do Estado para votação na Assembleia Legislativa, em uma convocação extraordinária. Entre os projetos, está o aumento da alíquota da Previdência estadual de 11% para 14%, a venda de imóveis e de ações da Potigás.
