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Era do marketing nas camisas dos clubes iniciou há 25 anos

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PATROCíNIO - Um dos primeiros patrocínios institucionais no ABC foi da Poupança Bandern

Everaldo Lopes – Repórter e Pesquisador

Ao fazer um contrato com a marca Le Coq Esportive para fornecimento do material de treino e jogo do clube, o ABC FC inaugurou no futebol do RN o marketing na camisa. A logo da Le Coq, ao contrário da forma discreta como aparece hoje na quase totalidade dos clubes de futebol do mundo inteiro, na camisa do ABC teve o destaque como se fosse a patrocinadora geral do clube, e não apenas fornecedora do material esportivo. Corria a temporada de 1980 quando o Alvinegro lançou a boa nova para sua torcida, e a torcida e dirigentes citavam com orgulho o prestígio da fornecedora francesa. Posteriormente, outras marcas foram chegando não somente para o ABC, como também América e até o Alecrim teve sua patrocinadora de material esportivo.                                

Depois da “estréia” da logo nas camisetas do clube, o ABC buscou patrocinador financeiro para o clube. Foi aí que a idéia funcionou  com bom aproveitamento das amizades e do prestígio por ser dono de grande apelo popular. Foi aí que surgiram os patrocínios da academia Stúdio ARA, de propriedade dos irmãos Tarcisio e Flávio Vidal, de SR Medeiros (Sebastião Ribeiro Medeiros), proprietário de um movimentado posto de combustíveis na av. Mór Gouveia. Drogarias Guararapes, de um dos presidentes –   Paiva Torres,  Durante muito tempo o conselheiro Sebastião Medeiros manteve o SR Medeiros em letras grandes na parte frontal da camisa do seu clube do coração.

Desde então, o ABC contou com uma sucessão de anunciantes, desde a Poupança Bandern, passando pelo “Ganhe Já” durante todo o governo de José Agripino no seu segundo mandato, de 91 a 95. O Alvinegro teve patrocínio do Detran, do Hotel Residence, do sorteio Super ABC 82  com os prêmios pagos em ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional), mais recentemente da marca de relógios “Q&Q”, um patrocínio  barato para um clube de massa (um pouco mais de R$ 13 mil mensais). O maior patrocinador do ABC nos últimos anos tem sido a SAMs, com a tradicional balinha amarela. A SAMs, frise-se, é a empresa que mantém o setor de vendas para o Nordeste entregue ao presidente Judas Tadeu, há anos.

Rivalizando com o rival ABC, o América também tem contado  com a preferência de empresários torcedores do clube rubro. Como Marina Praia Hotel, Bingol, Facex, Construtora Meira & Meira, Coca Cola (patrocínio adotado pela CBF), Pittsburg, Gigante Rubro, Bandern, Pool, do grupo comandado pelo americano Flávio Rocha, Ganhe Já, e o maior de todos, o Teutônico, laboratório com matriz em Goiás, esteve com o América na Série “A” em 97/98.

Os clubes do interior também recorrem à empresas locais, sendo exceção o Corinthians de Caicó em 2001, quando contou com forte apoio dos postos SAT, da família Alecrim. Os demais, têm patrocínios passageiros, atendendo mais às ligações sentimentais entre clube e patrocinador. Quanto ao Alecrim FC geralmente o clube entrava no grupo dos patrocinados quando se tratava de  publicidade institucional (do governo), como “Ganhe Já”, Detran, Bandern, entre outras. O curioso nas primeiras publicidades nas camisas de ABC e América é que a mensagem era uma peça à parte no tecido, ao contrário de hoje, quando o nome do patrocinador é impresso na própria camisa.

Há algum tempo, o ABC vem contando com o patrocínio da SAMs, Livraria Câmara Cascudo e CDF, enquanto o América tem há algum tempo o apoio de Nutriday, Incor, Cavaleiros do Forró e Carnatal. No interior, o Corinthians voltou a contar com o apoio dos postos SAT, o Alecrim tem o da própria empresa de segurança do presidente do clube, Edvaldo Gomes. Os clubes do interior contam com ajudas  temporárias.

 

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