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Era uma vez, há 100 anos… em Hollywood

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Faz bastante tempo que eu catalogo figuras das artes que morreram aos 27 anos, numa lista que há muito atingiu três dezenas. No começo dos anos zero, publiquei crônica no extinto O Jornal de Hoje sobre uns quinze ou dezesseis nomes, destacando aqueles que são lembrados ano a ano pela mídia, e acrescentando os artistas brasileiros Noel Rosa, Leila Diniz e Milton Carlos.
Neste domingo faz cem anos de um crime que levou à morte uma estrela nunca identificada no clube maldito dos mortos aos 27 anos. Em 5 de setembro de 1921, a atriz do cinema mudo, Virgínia Rappe, foi trancada num quarto, depois violentada e abandonada no St. Francis Hotel, em San Francisco. O autor do ataque foi o segundo maior astro da época, depois de Charlie Chaplin.
O ator de comédias Roscoe “Fatty” Arbuckle tinha 34 anos, dinheiro e poder no universo artístico, além de contar com o apoio da imprensa e do high society de Los Angeles e Nova York. Naquele dia, ele ofereceu uma big festa no hotel.
O motivo foi a assinatura de um novo contrato no valor de US$ 3 milhões com o estúdio Paramount Pictures. E convidou Virginia, separando pra ela uma suíte com três quartos no décimo segundo andar, números 1219, 1220 e 1221.
As versões da época falam que ambos se retiraram da festa e foram para um dos quartos ou que a atriz subiu sozinha e depois foi seguida pelo ator. O que aconteceu naquele andar é um mistério que por cem anos não foi explicado.
Um dos jornais publicou que Virgínia entrou no quarto 1219 e foi direto para o banheiro. E que o barulho dos metais do jazz e de uma grande vitrola, além dos cristais das bebidas, a impediram de ouvir os passos de Roscoe Arbuckle.
O diário ainda disse que a densa fumaça dos cigarros e charutos camuflou a presença do ator, que em silêncio a puxou do banheiro e a jogou na cama, caindo sobre ela com seu peso em dobro e com gestos que a fez desmaiar.
Ao acordar, ela só lembrou de ver a dançarina Alice Blake ao seu lado. As primeiras palavras de Virgínia foram “ele me machucou”. O caso logo se tornou no primeiro grande escândalo sexual de Hollywood, que teria muitos depois. 
Sangrando e com muitas dores, ela foi internada no San Francisco’s Wakefield Sanitorium, morrendo quatro dias depois devido a ruptura da bexiga e uma inflamação aguda no peritônioa. Quatro dias depois, Virgínia Rappe faleceu. 
Assim que a notícia da sua morte sacudiu o ambiente, começaram a surgir rumores sobre suspeitos, e muitos testemunhos afirmando que a última pessoa a ser vista ao lado da atriz foi o anfitrião da festa, seu colega Roscoe Arbuckle.
Ao longo dos anos, Virgínia sempre foi mais lembrada por sua morte do que por sua vida e carreira. O crime serviu para lançar luzes de críticas sobre Hollywood e destruir a popularidade e poder do grande astro do cinema mudo.
Virginia Caroline Rapp nasceu em Nova York em 7 de julho de 1894 (alguns registros de época citam erroneamente 1895); era filha de uma showgirl chamada Mabel que morreu quando ela era uma menina de apenas 11 anos.
Viveu parte da juventude em Chicago nas casas de parentes e aos 16 virou modelo, fazendo comerciais para lojas, até que conseguiu atuações em filmes mudos dos diretores Henry Lehman e Fred Fischback, dois icônicos da época.
A perspectiva de um brilho maior no cinema morreu com ela, mas sua morte gerou as primeiras manifestações de mulheres do cinema contra a violência, o estupro e o assassinato. Um século antes do movimento “Time’s Up” de agora.
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