sábado, 4 de maio, 2024
26.1 C
Natal
sábado, 4 de maio, 2024

Escândalo de propina envolve Ricardo Teixeira

- Publicidade -

Genebra (AE) – Documentos obtidos com exclusividade pela Agência Estado de uma corte na Suíça confirmam que cartolas da Fifa admitiram que receberam subornos milionários nos anos 90 A informação foi revelada em audiências diante do juiz da cidade de Zug, em um caso fechado no ano passado. “Nos procedimentos, os acusados negam responsabilidade criminal, mas não o recebimento dos fundos”, afirmou um dos documentos do Tribunal. A corte se recusa a dizer quem seriam os envolvidos, já que um acordo extra-judicial encerrou o processo.

Mas, ontem, a BBC colocou no ar um programa que revelou que os envolvidos seriam o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o ex-presidente da Fifa, João Havelange. Ambos, segundo a tevê pública britânica, teriam fechado um acordo para impedir a publicação dos nomes dos envolvidos. A revelação foi ao ar enquanto Joseph Blatter, presidente da Fifa, insistia em discurso no Japão que a entidade era “limpa”. Em uma semana, ele enfrenta eleições na entidade e no centro do debate estarão as repetidas suspeitas de corrupção que envolvem a entidade.

A Fifa se recusa a comentar o caso da corte de Zug, alegando que o caso já está encerrado. Há dez anos, a Justiça suíça decidiu abrir investigações para determinar a causa da falência da ISL, empresa de marketing da Fifa, e descobriu que parte do dinheiro que passava pela empresa tinha como função o pagamento de subornos. Nos documentos do processo, executivos da ISL também confirmaram que haviam feito os pagamentos para garantir contratos de marketing e para as Copas do Mundo. Nos anos 90, porém, receber subornos não era crime na Suíça e, por isso, o documento do tribunal insiste que “os acusados negam responsabilidade criminal”.

Em 2002, Thomas Bauer, responsável pela liquidação da ISL, investigou o caso e também se deparou com a mesma constatação da existência dos subornos. Escreveu então uma carta a 20 membros da Fifa pedindo que devolvessem o dinheiro da propina. Sem receber respostas, abriu um novo processo. No final, mais um acordo. Os envolvidos pagaram US$ 2,5 milhões e o caso foi encerrado sem a publicação dos nomes das pessoas que receberam o dinheiro.

Mas um novo caso então foi aberto. Desta vez, o MP Suíço decidiu avaliar justamente os recipientes do dinheiro, baseado nos documentos que já haviam sido levantados nos dois últimos casos. Em junho de 2010, a Corte de Zug finalmente chegou à conclusão que as propinas existiram.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas