“Dentro dos itinerários informativos, temos as disciplinas que chamamos de componentes curriculares eletivos, que são as que os alunos vão escolher a partir da 1ª série do Ensino Médio. Haverá, como sempre houve, um trabalho conjunto, com todas as áreas do conhecimento, seja nas aulas temáticas, seja nas práticas integradas”, afirmou. Reis destacou que a mudança de carga horária, conforme exigida pelo MEC, já é seguida pelo CEI. A partir do próximo ano, no entanto, a escola pretende ampliar ainda mais. “Serão 750 horas além do que o MEC propõe”, comenta.

CEI já usa carga horária maior e vai ampliar
A orientadora educacional do Ensino Médio do CEI reforça, ainda, a proximidade já existente entre as mudanças definidas pela Base Nacional Comum Curricular e a organização da própria escola. “O MEC está trazendo referências que a gente já tinha, tanto em termos de carga horária, quanto em relação à perspectiva do que o aluno estava fazendo. Quando criamos nosso planejamento, pensamos sempre que os alunos têm um interesse em um Projeto de Vida. Isso nunca foi desvinculado da nossa prática”, assegura.
O CEI conta atualmente com aulas chamadas de Atividades de Enriquecimento Curricular, que não são obrigatórias. São aulas de monitoria, de estudos avançados à iniciação científica, educação financeira, aplicação de conteúdos e olimpíadas. Tudo está à disposição do aluno a depender do seu projeto de vida. Com as novas regras da BNCC, as atividades passarão a fazer parte da Base Curricular.
Além disso, o CEI oferece aos estudantes oportunidades para aqueles que querem cursar o Ensino Superior em instituições de outras regiões do Brasil e até fora do País. “Temos um curso chamado Preparação para Vestibulares, onde a gente dá aula com base em instituições como Fuvest, Unicamp e outras. A escola sempre teve a preocupação de propor ao aluno condições e acompanhamento, a depender das escolhas deles. Temos também um projeto para alunos que querem cursar o Ensino Superior fora do País, porque a forma de acesso às universidades no exterior é diferente daqui. Portanto, são aulas direcionadas”, explica Fabiana Reis.
União
Além das opções já existentes, o CEI quer ampliar ainda mais a oferta de possibilidades para os estudantes e deve aproveitar bem as mudanças do MEC para isso. A escola deverá unir mais de uma área em projetos integradores para trabalhar novas perspectivas junto ao corpo discente. Desse modo, os projetos unirão Linguagens a Ciências Humanas para poder ampliar o repertório para a Redação no Enem. “Nesse aspecto, teremos simulações que já são realizadas na UFRN e no IFRN”, conta Fabiana Reis.
Segundo ela, Ciências da Natureza e Matemática também serão integradas. “Não teremos mais laboratórios de Química, Física e Matemática. Serão laboratórios de áreas, ou seja, quando houver uma aula vinculada à Física, por exemplo, Matemática e Biologia também vão acontecer. Tudo ao mesmo tempo”, explica. Uma parceira com a UFRN garantirá que as atividades eletivas da escola permaneçam e outras sejam criadas. “Além das aulas de educação científica e educação financeira, teremos aulas de aulas de criação de startups e química forense”.