quinta-feira, 25 de abril, 2024
25.1 C
Natal
quinta-feira, 25 de abril, 2024

Escola de superatletas

- Publicidade -

Vicente Estevam
Repórter

O Rio Grande do Norte entrou definitivamente na era de preparação de superatletas, onde logo nos primeiros anos de vida a criança começa a ser trabalhada de forma profissional para se transformar num atleta de ponta ou num cidadão com uma formação acima da média. O garoto Enrico Furtado é um bom exemplo disso e, unindo talento com a boa preparação a que vem sendo submetido, recentemente, conquistou o título da Copa São Paulo de Judô, na categoria sub-11, equivalente a uma disputa de Campeonato Brasileiro. Num esporte diferente, o tênis, mas com o objetivo idêntico as meninas Sofia e Cecília Gurgel começaram a dar os primeiros passos também de forma precoce, aprendendo os segredos e descobrindo os seus pontos fortes para, no futuro, brigar pelo topo do ranking nacional.

Quanto mais cedo ocorrer a iniciação, melhor pode ser o resultado final. Enrico, que hoje tem dez anos, colocou seu primeiro quimono e entrou pela primeira vez no tatame com três anos de idade. Para aqueles que taxam a atitude do pai como exagero, Rodrigo Furtado (genitor do menino) explica que por traz dela, existe toda uma preocupação com o futuro do garoto.
Enrico Furtado é considerado um aluno com potencial enorme de crescimento e com técnica refinada, ele acumula vários títulos
“As crianças expostas a disciplina esportiva logo cedo, desenvolvem o poder de suportar e agir melhor quando estão sob pressão. Neste caso, geralmente eles aprendem a tomar a decisão mais correta e esse aprendizado eles costumam levar para o dia a dia, logo, se transformam num cidadão melhor e bem preparado”, destaca Rodrigo.

Apesar de Enrico estar conseguindo uma série de conquistas (Campeão do Jerninhos/14, Campeão da Copa Igarassu em PE, Campeão da Copa Piranhas de Judô/AL, Campeão da Copa São Paulo/15, Bicampeão do Nordeste Open de Jiu Jtsu 2012 e 2013), o atleta vem entrando nas disputas sem sofrer qualquer tipo de pressão da família.
#SAIBAMAIS#
Há tempo que direcionar o filho numa carreira esportiva não significa aquele sonho de pai frustrado no esporte, que deseja ver o filho talentoso percorrendo o caminho que não conseguiu quando jovem.

Universidades
Pai das tenistas Sofia e Cecília,  José Gurgel destaca que além da intenção de garantir uma vida saudável as filhas, através do esporte se podem abrir portas para uma formação universitária em algumas das melhores instituições de ensino do mundo. O sonho de ver uma das meninas trilhando uma carreira de destaque no esporte, segundo ele, não é maior que o de ver elas se formando numa instituição de ensino de primeira linha e reconhecida mundialmente.

“As universidades americanas abrem milhares de vagas para talentos do esporte. Os bons atletas podem conseguir bolsa de estudo integral e acredito que vale a pena dar mais essa oportunidade a um filho. Nós já temos o caso de um tenista no RN que conseguiu ser selecionado, então não existe problema algum em dar início ao treinamento de alto rendimento cedo. Além de buscar um estilo de vida saudável, com a ocupação esportiva a criança irá se manter longe das drogas, enquanto, na verdade, os pais estarão realizando um investimento no futuro”, afirma José Gurgel.

Vice-presidente da Federação Potiguar de Tênis, Gurgel já vem trabalhando as filhas há cinco anos no esporte, Cecília, a mais nova, começou a treinar com três anos. A ideia de trabalhar crianças em alto rendimento no tênis, que já vinha sendo desenvolvida em Curitiba pelo técnico francês radicado no Brasil, Didier Rayon, foi implementada em Natal e ganhou corpo em 2014, quando foi enviado para capital potiguar o técnico Gonçalo Fischer, que fixou residência em Natal e deu início a montagem do núcleo de excelência no esporte, que conta atualmente com 30 alunos. 

“Existe sim a intenção de se formar o cidadão, mas nossa meta também é trabalhar a formação de atletas profissionais de alto nível. A meta é que os resultados iniciais sejam colhidos nos próximos dois anos, com a formação de uma seleção mais competitiva. No centro, os atletas realizam treinos específicos de técnicas e musculação por duas horas, de quatro a cinco vezes por semana”, explica José Gurgel.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas