quarta-feira, 24 de abril, 2024
29.1 C
Natal
quarta-feira, 24 de abril, 2024

Escola estimula consciência ambiental em mães e alunos

- Publicidade -

EDUCAÇÃO - Mães e alunos participaram de oficinas de reciclagem e plantio de mudas

Um presente para o Dia das Mães ecologicamente correto: a formação de cidadãos com consciência ambiental. Foi assim que os alunos de Educação Infantil e Ensinos Fundamental I e II do Colégio Imaculada Conceição (CIC) aproveitaram a semana que antecede uma das datas de maior consumo no país, para criar presentes ecológicos.

Entre 06 e 09 de maio, garrafas pet, papel usado e caixas de leite vazias que iriam para o lixo ganharam dupla finalidade. Estimularam a coordenação motora dos estudantes mais novos, plantando a semente para os primeiro cuidados com o meio ambiente, e se transformaram em presentes criativos para o dia das mães. As mães também foram convidadas a participar das oficinas, e mesmo na correria das atividades diárias,  fizeram questão de comparecer e passar um tempo extra com os filhos.

“Tenho dito sempre que o Jardim de Infância deve ser o jardim da criatividade”, disse a diretora do CIC, Madre Carmem Alves, que visitou as oficinas. A coordenadora geral do CIC, Ana Lúcia Ferreira explica que essa é uma das atividades que fazem parte de um programa pedagógico macro na instituição, trabalhado em todo o ano letivo. “O ‘Projeto vida: viver plenamente’, se preocupa com o papel do homem no meio ambiente e passamos isso para os pequenos”, disse.

Cerca de 140 alunos de um ano e meio a seis anos aprenderam noções de reciclagem de papel, confecção de porta – trecos a partir de depósitos de requeijão e cachepor (espécie de xaxim) para cultivo de hortaliças. Luciana Carvalho, mãe de Gabriel, aprovou a iniciativa. “É importante trabalhar os cuidados com a natureza, porque hoje não nos preocupamos com isso, e o resultado são essas enchentes e chuvas que nunca havia acontecido em Natal”, comentou.

As oficinas foram feitas em parceria com o projeto Suindara, que há 20 anos realiza um trabalho para despertar as consciência ambiental com crianças no Rio de Janeiro, e acaba de chegar a Natal. “O CIC está atento para a educação planetária, procurando contextualizar suas atividades e datas importantes com o meio ambiente. As crianças são bastante receptivas a este tipo de trabalho; se envolvem, aprendem e cobram dos adultos”, completou a coordenadora de Educação Infantil na escola, Mara Vasconcelos. Ao final do encontro, os participantes receberam um bufê de frutas.

Entrevista

Walter Nunes – Juiz

Juizes Federais e representantes do Ministério Público de todo o Brasil estiveram reunidos em Natal, ontem, para participar de um seminário sobre o papel do Poder Judiciário e auxílio direto na cooperação internacional. Os desafios e estratégias para enfrentar os desafios dos crimes no sistema financeiro e de lavagem de dinheiro em nível global foram discutidos no encontro. A Tribuna do Norte conversou com o Presidente da Associação de Juizes Federais do Brasil, o norte-rio-grandense Walter Nunes, sobre a utilização desta ferramente no judiciário do país.

O Poder Judiciário brasileiro está afinado com as outras nações para combater os crimes cada vez mais organizados?
As várias modalidades criminosas transpõem fronteiras e a cooperação entre as nações é cada vez mais necessária. No Brasil, essa prática tomou fôlego e se organizou internamente a partir dos anos 90, com a criação da “Lei de Lavagem de Dinheiro” e de um órgão de inteligência financeira, por exemplo,  que são mecanismos de troca de informações entre os países. Isso tem dado mais possibilidades investigativas, facilitando a elucidação de crimes pela cooperação, como em casos de repatriamento de bens em território estrangeiro. Porém, ainda não faz parte da cultura judiciária, por diversos motivos. Além do fato de ser recente, existem poucos debates e esclarecimentos sobre o assunto. É importante, por exemplo, oferecer uma especialização sobre o tema, para que os juizes da área adquiram intimidade com o assunto para utilizar esta ferramenta.

A falta de uma legislação específica para os crimes virtuais atrapalha a elucidação destes crimes?
Isso é dito, mas é uma meia verdade, porque eu posso realizar um mesmo tipo de crime na área virtual ou não. O problema hoje é a forma como a lei existente vai ser aplicada. Devo considerar a legislação do país onde o hacker atuou ou o país de origem do provedor, por xemplo? É isso que ainda precisa ser definido, onde apurar o crime eletrônico. Não adianta ter regra sem ter eficácia, daí a necessidade de existiram mais convenções internacionais, em pode ser discutida de qual país vai ser considerada a jurisdição suplementar para o caso, por exemplo.

Como o senhor analisa a atuação da justiça em crimes financeiros a partir da cooperação entre diferentes nações?
O crime financeiro é transnacional, ultrapassa continentes. Antes, o Brasil não se preocupava com a origem do dinheiro que estava em circulação ou nos bancos, apenas o crescimento que ele gerava na economia. Esse paradigma vem mudando, e cada vez mais é entendido que saber se esse dinheiro é lícito ou não é de nossa responsabilidade. Um banqueiro precisa saber de onde vem o R$1 milhão que seu cliente guarda no banco.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas