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Escolas de samba fazem primeira noite de desfiles na Ribeira

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Tadzio França
Repórter
A avenida Duque de Caxias abriu alas no sábado de carnaval para sua primeira noite de desfiles das escolas de samba potiguares ao som da marcha arrastada das tribos de índios, às 19h, na Ribeira. Mesmo que a abertura tenha sido pontual, a primeira escola de samba da noite entrou em cena com o habitual atraso, por volta das 21h50. O fato não diminuiu o entusiasmo do público, que na ocasião já lotava as arquibancadas e calçadas. Grupos de famílias com crianças e turmas de amigos formam a maior parte da plateia. 
A escola de samba Grande Rio do Norte abriu o desfile do Grupo A
#SAIBAMAIS#A primeira noite de desfiles está voltada para as escolas do grupo B. A avenida foi aberta pelos batuques da escola Grande Rio do Norte, representando a cidade de Macaíba com o tema “Paulo Lira Mostra as Maravilhas de um Felipe Chamado Camarão”. A escola celebrou as raízes da cultura potiguar, ressaltando as contribuições indígenas e africanas. Ao longo do desfile se viu muitas referências à umbanda, às quadrilhas de São João, aos galantes e ao boi, o coco de zambê e o maculelê. Todos os assuntos estudados pelo folclorista Paulo Lira, o grande homenageado pela escola.
A segunda escola da noite de desfiles na Ribeira, União do Samba, teve como tema a própria folia de Momo: “Carnaval – A Maior Festa Popular”. A agremiação do bairro de Pajuçara, zona norte de Natal, entrou na avenida pelo segundo ano, e logo encantou a plateia com o seu abre alas de pierrôs. O desfile teve muitas cores, fantasias alegres, e um samba enredo de refrão marcante que emplacou rápido entre o público.
União do Samba teve como tema a própria folia de Momo
Já a escola Batuque Ancestral fez o desfile mais político da noite. Com o tema “O Quilombo Chamado Brasil”, a escola promoveu uma série de críticas à história antiga e atual do país. O abre alas mostrou uma senzala onde escravizados, após serem torturados, se livravam dos grilhões sob as bençãos do orixá Xangô. Em seguida, um carro abordou a escravidão mais uma vez com cenas de casa-grande e senzala. 
A ala das baianas remeteu às religiões de matriz africana, homenageando Oxum, orixá feminina das águas e deusa do amor. As cores amarelas dessa ala foram marcantes. 
Batuque Ancestral desfilou com o tema O Quilombo Chamado Brasil
O tom político voltou com uma ala formada por cadeirantes e mais pessoas vestidas de preto. Os desfilantes seguravam bandeiras e estandartes com dizeres como “Educação é Resistência” e “Mariele Vive”. O desfile fechou com uma crítica ao poder executivo no Brasil. A noite foi encerrada com o desfile da escola Imperatriz Alecrinense.

Atualizada às 8h37 de 23/02/2020
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