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Escolas estaduais esperam reformas

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Yuno Silva
Repórter

As escolas públicas estaduais iniciaram o ano letivo no último dia 13 de fevereiro, e a expectativa da Secretaria Estadual de Educação (SEEC) é de que o problema da falta crônica de professores para preencher a grade curricular – verificado ao longo de 2016 – tenha sido amenizada com o redimensionamento da rede. A SEEC trabalha na implantação de um sistema informatizado para controle do quadro funcional em todas as 604 unidades de ensino do Rio Grande do Norte.
Além problemas na rede elétrica, em vários ambientes da escola estadual Padre Monte parte do reboco do teto está caindo
#SAIBAMAIS#A rede atende cerca de 240 mil estudantes e, a partir deste ano, 9,4 mil alunos terão aulas nas modalidades tempo integral e semi-integral – para esses alunos o primeiro semestre começa no próximo dia 6 de março.

Para atender a nova demanda, professores de escolas onde o sistema (integral e semi-integral) será implantado passam por treinamento e capacitação ao longo dessa semana. O ensino no sistema normal (meio período) oferece 25 aulas por semana, o semi-integral 35 aulas semanais e o integral 45. A estrutura das escolas estão sendo readequadas para absorver a nova rotina.

Marino Azevedo, subsecretário de Educação, responsável pela parte administrativa da SEEC (sobretudo estrutura e pessoal), avaliou que “com o redimensionamento da rede as escolas ficaram mais vocacionadas. Dessa forma tivemos um aproveitamento mais efetivo do nosso quadro, e evitamos trabalhar com turmas reduzidas”. 

Ricardo Sérgio de Carvalho Oliveira, diretor da Escola Estadual Anísio Teixeira, que funciona em Petrópolis, confirmou que não há déficit de professores. Oliveira assumiu a direção de uma das unidades mais tradicionais da rede estadual no início do ano, e afirma que os problemas atuais são de outra ordem: “Tivemos um aumento de 40 para 45 alunos, em média, por turma, o que contraria recomendação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), um número que pode explicar o desempenho do professor em sala de aula”, acredita Sérgio Ricardo.

O diretor levanta outro ponto que precisa ser resolvido na Escola Anísio Teixeira: a garantia de vagas para alunos que alegam já terem cumpridos a chamada progressão parcial (quando os estudantes cursam matérias pendentes de anos letivos anteriores). “Estamos no aguardo da atualização do sistema da SEEC para verificar se teremos de fato essa situação”, adiantou.

Em termos de estrutura, ele lamenta a falta de uma subestação elétrica com capacidade para fazer funcionar os condicionadores de ar instalados há três anos. “Com mais alunos em sala, o desconforto térmico aumenta e o rendimento cai”, garante. O Anísio Teixeira também necessita de reforço na equipe de limpeza, e o novo diretor informa que ainda não venceu o trâmite burocrático para acessar os recursos do Caixa Escolar, que garante autonomia na compra de merenda, pequenos reparos e aquisição de material de de escritório. “Temos suprimento na cozinha para mais uma semana”, avisou Sérgio Ricardo.  O Anísio Teixeira oferece os três anos do Ensino Médio, e possui cerca de 1.500 alunos divididos por 16 turmas matutinas, 16 vespertinas 6 noturnas.

Pequenos serviços
Sobre o aumento da média de 40 para 45 alunos em sala de aula, o subsecretário de Educação Marino Azevedo admite que o “ideal” seriam 40 estudantes por turma, “mas há uma grande demanda, as salas comportam e o rendimento não cai pois temos histórico de turmas com 50 alunos”, justificou o gestor.

Marino informou que o banco responsável pela administração das contas do Caixa Escolar “está agilizando os trâmites” e que a SEEC só terá um diagnóstico completo do funcionamento da rede de ensino em março “quando a implantação do sistema que irá controlar o quadro funcional de cada unidade estará concluída. Só depois disso é que saberemos qual o déficit real de professores”.

Como a abertura de novo concurso público para professores continua suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Estado dará início à contratação temporária “assim que os dados do novo sistema estiverem consolidados”.

O subsecretário disse que pequenos serviços na estrutura “estão sendo autorizados” e que outros maiores dependem de licitação: “Durante o período letivo teremos escolas passando por reforma, incluindo a instalação de uma subestação elétrica no Anísio Teixeira ainda nesse primeiro semestre”.

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