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Especialista acredita na recuperação do setor

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O chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Rio Grande do Norte (IBGE/RN), Aldemir Freire, avalia que o mercado de beneficiamento de castanha de caju deverá se recuperar, ainda que parcialmente, este ano. “Há uma perspectiva que a safra de castanha se recupere. A safra deste ano de 2013 deverá ser melhor do que a de 2012 em decorrência das chuvas que caíram no Rio Grande do Norte”, afirma.  Em 2012, conforme dados do Instituto, a produção de castanha de caju girou em torno de 18 mil toneladas. A previsão para este ano é de que sejam produzidas 39 mil toneladas. A maior safra, porém, deverá ser colhida no estado vizinho, o Ceará. A estimativa do IBGE é de que a produção chegue a 165 mil toneladas naquele estado. No Piauí, que forma o maior tripé produtor do caju junto com o Rio Grande do Norte e Ceará, a produção deverá atingir 50 mil toneladas este ano.

A produção de caju é extremamente dependente das chuvas. Mesmo com a seca que dizimou pastos e plantações no estado potiguar no ano passado, dados do IBGE apontam que as áreas plantadas quase não sofreram redução, caindo apenas a produção. A safra de 2013 deverá ser colhida a partir de outubro próximo. “Nós ainda estamos processando castanha do ano passado. A melhor safra em 2013 só surtirá efeito positivo na economia do setor ao longo de 2014”, aponta Aldemir Freire.  Para o chefe do IBGE no RN, as demissões terão um impacto significativo na economia da Região Potengi. “Era a principal empresa da região. O efeito é muito complicador”, diz. Além disso, ele comenta que a mão-de-obra ficará ociosa e, caso não haja a retomada da produção e consequente contratação, dificuldades irão surgir.

É o que teme o auxiliar de produção, Luciano de Sousa. Ele recebia R$ 650 mensalmente na Iracema e perdeu a única fonte de renda da família, que mora num assentamento rural. “Agora, vou viver do seguro-desemprego e voltar para a roça”, confirma. O carimbo da Olam e depois Iracema, são os únicos na carteira de trabalho de Luciano, que estudou até a 3ª série do ensino fundamental e pouco sabe ler ou escrever.

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