quinta-feira, 28 de março, 2024
25.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Especialista defende opções mais baratas de energia

- Publicidade -

Rio – O Brasil tem opções mais baratas para o suprimento de gás natural  do que o gasoduto que está sendo negociado com a Venezuela. A principal é a  construção de fábricas de regaseificação. A avaliação é de dois especialistas  no setor, que participaram do seminário “A energia e o desenvolvimento do Brasil”,  realizado na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. 

O consultor do grupo Odebrecht, Abel Holtz, disse que essas fábricas podem ser  construídas ao custo de US$ 400 milhões. Ele sugere a construção de cinco a  seis unidades no Brasil, sendo pelo menos três no Nordeste.  Para Firmino Sampaio, ex-presidente da Eletrobrás e consultor do grupo GP Investimentos,  esses custos podem cair ainda mais se um grupo como a Petrobras entrar no jogo.  “Com o poder de fogo que tem, a Petrobras consegue unidades por menos de US$  350 milhões”, ponderou. 

A construção de cinco fábricas custaria em torno de US$ 2 bilhões, enquanto  o gasoduto demandaria mais de US$ 25 bilhões, pelas estimativas do governo brasileiro.  Além de mais barata, essa opção é mais flexível, conforme os dois especialistas,  em entrevista à Agência Estado, após o evento. “Você não precisa assinar contratos  de take or pay de 20 anos. Você entra no mercado spot, localiza algum navio  gaseiro no mundo e compra a quantidade que precisa”, disse Firmino.

Holtz considera que o Brasil tem a vantagem adicional de ter o inverno em período  diferente da Europa e dos Estados Unidos. “Lá, eles usam o gás principalmente  para o aquecimento no inverno. Aqui, nesse período, estamos com os reservatórios  de água cheios. No verão deles é que o Brasil tem menos água e poderia lançar  mão dessa opção”, complementou Holtz. 

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas