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Especialista em inteligência questiona conclusões da Operação Hígia

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Wagner Lopes
Repórter

O especialista em atividades de inteligência Erland Correia Mota, coronel da reserva do Exército, foi a primeira testemunha a depor hoje dentro das investigações da Operação Hígia, que trata de um suposto esquema de corrupção e tráfico de influências envolvendo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap). Testemunha de defesa de Eleonora Castim, ex-coordenadora de Execução Financeira da Sesap, ele questionou as conclusões da investigação da Polícia Federal e disse não ter encontrado, nos autos e nos áudios das escutas captadas pela Polícia Federal, elementos que pudessem envolver a ré com a suposta quadrilha. “Houve açodamento”, resumiu.

O especialista apontou supostas falhas nas transcrições dos áudios e criticou a falta de elementos simples, como um organograma da Sesap. Segundo Erland Mota, não há provas nos autos a partir das quais se possa inferir que Eleonora Castim seria responsável por “irrigar” financeiramente o esquema, ao contrário do que concluíram as investigações da PF. Ao final do depoimento, porém, questionado pelo juiz Mário Jambo, ele concordou que não considera “saudável” a relação existente entre a então coordenadora e pelo menos um representante de uma das empresas contratadas pela secretaria, que a presentou com chocolates.

A Operação Hígia foi deflagrada em 2008 e resultou, inclusive, na prisão do filho da ex-governadora Wilma de Faria, Lauro Maia. Desde terça-feira, o juiz federal Mário Jambo, responsável pelo caso, vem ouvindo testemunhas de acusação e defesa e ainda deve ouvir sete na manhã desta sexta-feira.

O coronel não aceitou que fossem tiradas fotos.

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