sexta-feira, 19 de abril, 2024
32.1 C
Natal
sexta-feira, 19 de abril, 2024

Especialistas analisam exportações durante o Agroex

- Publicidade -

AGRONEGÓCIO - Participantes debatem os caminhos para o setor exportadorPrincipal fonte das mercadorias potiguares que circulam no mercado internacional, o agronegócio foi o foco da 18ª edição do Agroex, realizada ontem em Natal. Especialistas em exportações, empresários e estudantes ligados à área participaram de palestras e discussões sobre as questões e procedimentos que permeiam a venda de produtos do setor primário para outros países.

Promovido por entidades públicas e privadas, entre elas o  Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), o evento teve entre os palestrantes o assessor do Núcleo de Integração para Exportação do Ministério da Agricultura (Mapa), Eduardo Mazzoleni. Ele falou sobre os caminhos para se realizar uma exportação quando se trata do agronegócio. Segundo ele, a burocracia brasileira não é o maior empecilho, como comumente se pensa, mas sim a negociação com os importadores. “O agronegócio é mais exigente, porque sempre há protecionismo por parte dos países importadores, além de um rígido controle de qualidade”, explicou.

Para Mazzoleni, essa etapa exige mais dedicação porque também vai apontar se o produto será ou não competitivo no mercado em que o exportador pretende inseri-lo. Depois disso, a palavra-chave é relacionamento. “É preciso conhecer e se relacionar bem todos os elos da cadeia produtiva, do cliente ao fornecedor até a infra-estrutura disponível e o funcionamento dos órgãos públicos”, alerta.

Um dos palestrantes conhece bem essa rotina. Antônio Carlos Prado, que produz flores em Ceará-Mirim, exporta seus produtos há cerca de três anos. Um mercado rentável, mas que exige dedicação. “É fundamental estar em contato com os órgãos públicos e com as entidades empresariais”, comenta. Ao falar sobre sua experiência com os holandeses, seus principais compradores, ele também fala sobre relacionamento. “Eles são muito tradicionais e não fecham negócio até conhecer sua empresa, apertar sua mão e olhar nos seus olhos”, comenta.

Os negócios em torno dos pescados também estava na pauta. O vice-presidente regional do Conselho Nacional das Empresas de Pesca, Gabriel Calzavara, destacou o grande potencial potiguar na área: como uma das referências nacionais do segmento, somente em atum o RN recebe 70% do peixe capturado na costa brasileira, devido à sua localização privilegiada. O bom momento da pesca no estado tem atraído empresas e movimentado o mercado de trabalho, tanto que o Cefet RN abriu dois cursos específicos na área. Outros ganhos, segundo Gabriel, são maior esforço das instituições públicas estaduais para desenvolvimento desse mercado e a construção de um laboratório exclusivo para pescados em Natal (atualmente o mais próximo é em Recife).

Contudo, há grandes barreiras a serem transpostas. Uma delas é que, recentemente, a Infraero proibiu que vôos charters exportassem pescado, forçando as empresas a mandarem a mercadoria para São Paulo, encarecendo frete e comprometendo a rapidez com que esse tipo de produto deve ser transportado.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas