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Especialistas descartam surto de H1N1

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Mariana Ceci
Repórter

Febre, dores no corpo, dor de garganta e na cabeça, cansaço e espirros: esses são alguns dos companheiros comuns de milhares de brasileiros no início do período chuvoso, quando a gripe, em suas mais diversas formas, se espalha com facilidade entre a população. Chuvas rápidas, clima abafado e muitos ambientes fechados com aparelhos de ar condicionado facilitam a propagação dos vírus nesse período do ano. Apesar de serem velhas conhecidas da maior parte das pessoas e de existirem mais de 200 tipos de vírus capazes de provocar os sintomas mais comuns, alguns cuidados devem ser tomados especialmente para o chamado “grupo de risco”, que pode estar suscetível às formas mais graves da doença. Até o momento, 86 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram registradas no Rio Grande do Norte este ano, e outros 36 casos estão em investigação, de acordo com a Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap). Os especialistas descartam, no entanto, um “surto” de H1N1 ou influenza, e afirmam que os níveis de contágio estão condizentes com o esperado nesta época do ano. Em Natal, foram 25 casos notificados, número inferior ao do mesmo período analisado no ano passado.

Vacina que está sendo disponibilizada em campanha contempla vírus que estão circulando este ano

Vacina que está sendo disponibilizada em campanha contempla vírus que estão circulando este ano

#SAIBAMAIS#Após a pandemia de 2009, o vírus H1N1, que ficou conhecido como “gripe suína” passou a provocar medo em grande parte da população. À época, surgido como um vírus novo, ele conseguiu se alastrar da América do Norte para a América do Sul, Europa e Ásia com grande facilidade. Vários casos graves da doença e óbitos foram registrados à época. Hoje, no entanto, profissionais da medicina afirmam que o vírus não é mais perigoso que as outras variações, como explica o infectologista Luis Alberto Marinho.

“A doença é, estatisticamente, no máximo de média gravidade. O H1N1 não é mais grave do que os outros vírus-gripe, como costumamos chamá-los. Ele está entre nós desde 2009, quando houve a pandemia”, afirma Luis Alberto. Ele ainda ressalta que a vacina que está sendo atualmente disponibilizada, a princípio para os grupos de risco, contempla exatamente os vírus que estão circulando este ano. “A vacina é preparada no ano anterior. Por sorte, a vacina que foi preparada em 2017 contempla exatamente os vírus que estão circulando em 2018, o que é positivo”, diz o médico.

A vacina brasileira, portanto, é trivalente: contempla o H1N1, o H3N2 e um da influenza B.”Não podemos esquecer que outros vírus respiratórios como o corona vírus e o rino-vírus também continuam aparecendo. Ou seja, tomar  a vacina não garante que você não terá gripe. Mas não terá pela influenza, que é a que mais mata no mundo inteiro”, completa.

Para o médico, o mais importante é que as pessoas compreendam que os vírus-gripe estão presentes todos os anos, em especial no início do período chuvoso. “Há sim casos mais graves, mas eles não são a regra”, diz o infectologista. As categorias que estão no grupo considerado de risco, ou seja, que têm possibilidade de contrair as versões mais graves da doença, são crianças – em especial aquelas até dois anos -, gestantes e puérperas, idosos acima de 60 anos e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.

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