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Especialistas destacam custo elevado de campanha

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São Paulo (AE) – Especialistas acreditam que dificilmente uma campanha eleitoral no Brasil, com a legislação em vigência hoje, possa ser bancada única e exclusivamente com doações de pessoas físicas. A Rede, partido que a ex-senadora Marina Silva trabalha para criar, discute a possibilidade de aceitar somente esse tipo de recurso.

O discurso adotado pelos “sonháticos” que acompanham a ex-senadora é conseguir estabelecer um modelo de financiamento de campanha em que muitas pessoas doem pouco. Atualmente, a lógica é outra: pequeno número de grupos empresariais doando grandes quantias.

Consultores de marketing político acham impossível, portanto, que alguém venha a repetir por aqui o sucesso do modelo adotado por Barack Obama, que em suas duas últimas campanhas à Presidência dos EUA conseguiu arrecadar milhões de dólares pela internet.

Para Marcelo Branco, ex-coordenador de mídias sociais da campanha de Dilma Rousseff em 2010, esse tipo de doação só vai ganhar importância se a uma reforma política sair do papel. “Se grandes empresas não poderem mais doar, vai ajudar a valorizar essa ação de financiamento coletivo, que é o típico financiamento da Internet, onde pequenas doações fazem grandes projetos”, afirma.

#SAIBAMAIS#O consultor em marketing político e professor da USP Gaudêncio Torquato aponta outro obstáculo: “Nós não temos uma cultura na área de doação pela internet. Apesar de termos uma massa bastante volumosa de internautas, esse tipo de doação ainda é visto com muita desconfiança. Se ela (Marina) esperar por isso, vai morrer na praia.”

Para o especialista em marketing digital Gabriel Rossi, a rejeição à classe política que resultou na onda de manifestações de junho pode dificultar ainda mais colocar em prática esse tipo de arrecadação.

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