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Dunga está garantido no cargo e a comissão técnica da seleção brasileira não deverá passar por mudanças radicais. Mas a participação da equipe na Copa América será alvo de uma avaliação, a primeira mais profunda desde que o treinador reassumiu o cargo e Marco Polo Del Nero chegou à presidência da CBF.

No encontro com Del Nero estarão presentes Dunga, o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, e o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, embora este tenha como principal atribuição nesta semana preocupar-se com a MP. O diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, também pode ser convidado a participar, uma vez que esteve com a delegação desde a chegada ao Chile.
De acordo com a nova orientação ditada pelo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, os mais qualificados para vestir a camisa da Seleção Brasileira são os jogadores com experiência em competições
Marco Polo quer receber relatórios de Dunga e Gilmar e outro de Feldman. Em seguida, fará vários questionamentos. Um deles, embora não em tom de cobrança, será sobre o descontrole emocional de alguns jogadores, sobretudo Neymar. O presidente lembrará que no Campeonato Brasileiro os juízes foram instruídos a advertir com cartão amarelo o jogador que reclamar, embora isso não tenha relação direta com a seleção porque a maior parte dos jogadores atua fora do País. Mas deve falar que pretende ver os atletas mais controlados.

Experiência
O presidente também está preocupado com os jogadores que estarão à disposição. Acha que é importante usar a juventude ao lado da experiência. Neste contexto, Robinho ganha ainda mais força depois de ter sido o substituto de Neymar de fato. E Kaká pode ter nova oportunidade com Dunga.

O fracasso da seleção na Copa América não merecerá maiores reparos ou cobranças, embora Del Nero tenha dito em janeiro entender que o Brasil tem de ser no mínimo finalista de todas as competições de que participa. Mas também disse que Dunga não cairia caso isso não viesse a ocorrer no torneio do Chile porque o trabalho tem como meta a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

Del Nero acredita que a seleção foi prejudicada pelos desfalques e erros individuais. No último domingo, o dirigente voltou a assegurar a permanência do treinador na seleção. “Ele ligou para o Dunga logo depois da partida, conversaram longamente e o presidente passou tranquilidade ao treinador. O risco que ele corre é zero. Dunga comentou que é muito bom trabalhar desse jeito, tendo respaldo”, contou Feldman.

Na reunião também será iniciado o processo de preparação para as Eliminatórias. A disputa começa em outubro, mas Dunga e Gilmar pretendem ir à Rússia em julho para acompanhar o sorteio da tabela dos jogos. A Fifa vai promover um encontro para este fim no dia 25, em São Petersburgo.

A seleção volta a se reunir em setembro para dois amistosos, nos dias 4 e 8, nos Estados Unidos. A convocação para estes jogos será em agosto e a intenção da comissão técnica é chamar Neymar, mesmo se não puder contar com ele para os dois primeiros jogos das Eliminatórias.

Dunga fala em manter mesmos pensamentos
Eliminada nas quartas de final da Copa América pelo Paraguai, no sábado, a Seleção Brasileira tem como próximo objetivo as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Compromisso em que a comissão técnica usará lições aprendidas no torneio disputado no Chile, mas sem exatamente mudar a “forma de pensar”. “A gente vai continuar com o trabalho, com nossa forma de pensar, com o que a gente tinha programado”, disse Dunga, ao final da derrota nos pênaltis para os paraguaios, depois de empate por 1 a 1 no tempo normal. A questão era específica sobre a tentativa de renovar a equipe nacional com jogadores não tão consagrados.

“Perdemos jogadores importantes para esse torneio, dificulta um pouco o trabalho, principalmente quando se fala de experiência. Tem que fazer essa renovação, mas nunca deixar de lado a experiência de jogadores dentro de uma competição”, opinou.

As Eliminatórias sul-americanas para o próximo Mundial começarão em outubro, com tabela ainda a ser definida em sorteio na Rússia. Como nas edições anteriores, dez seleções disputarão 18 partidas (em dois turnos, de ida e volta) até novembro de 2017, lutando por uma das quatro vagas diretas. O quinto colocado irá para a repescagem.

Embora tenha sido curta para o Brasil a disputa da Copa América, Dunga acredita que os enfrentamentos no Chile servirão de aprendizado para o grupo, que é novo. “Alguns jogadores ainda não tinham jogado Copa América. Poucos jogaram Eliminatórias e agora já saberão o que vão encontrar lá na frente. Todos nós vamos chegar com muitas lições. Eliminatórias são muito difíceis. É complicado, tem que jogar no limite”, comentou. “Muitas vezes, tem que jogar no aspecto físico, sem deixar de jogar no aspecto técnico. Sem a bola, temos que lutar a todo instante. Com a bola, colocar nossa qualidade técnica”, concluiu.

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