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Esquadrão faz treinamento de guerra no céu de Natal

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CAÇAS - Natal foi escolhida por ter boas condições meteorológicas

Durante toda esta semana, o Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte, da Força Aérea Brasileira (FAB), com sede no Rio de Janeiro, realizou uma série de treinamentos de guerra com base em Natal. Com início na segunda-feira e término amanhã, cerca de doze pessoas, entre pilotos e tripulação, fizeram treinos com vôos para abastecimento de caças em ar. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça (GavCa), com base em Santa Cruz – RJ, partia deste Estado em missão de guerra e encontrava a aeronave KC 137, por onde faziam o reabastecimento.

O grupo do Segundo Esquadrão relata que esta operação é realizada uma ou duas vezes ao ano, com orçamento previsto dentro da FAB, e a escolha de Natal como ponto de partida para se deu pelas boas condições meteorológicas, bom apoio na base aérea e facilidade de operação. Em um vôo demonstrativo à imprensa natalense, a tripulação, que contava com piloto, comissário, observador e coordenador de abastecimento, engenheiro de vôo e operador de terra, fez o reabastecimento de três caças F5, com a passagem de 15.900 libras de combustível (ou 9.035 litros).

A equipe relata que este treino é importante para a simulação e preparação dos pilotos em um momento de guerra, pois devem se familiarizar com o possível ambiente. “Existe todo um planejamento que não pode ser falho, mesmo em guerra. Nós temos uma área e horário marcados para o encontro entre as aeronaves. Não pode haver atrasos, pois os caças têm uma quantidade pequena de combustível e deve receber mais rapidamente”, cita o sub-oficial Sérgio Pereira Nascimento. Ele conta, entretanto, que como um treino, problemas acontecem e os pilotos dos caças que devem acoplar sua aeronave à outra que vai levar o combustível.

“Já aconteceu de os caças não conseguirem ajustar a mangueira que leva o combustível e ter que voltar à terra para abastecer”. Por isso, o local escolhido para fazer o processo foi entre Aracaju e Maceió, ponto onde os caças já estão no máximo sem combustível, mas ainda podem fazer um pouso em Recife, além de que a área não era uma aerovia (onde mais circulam aviões comerciais). O abastecimento foi feito, na demonstração, entre 700 e 800 km/h, a 22 mil pés – ou 12 mil metros – acima da terra.

A aeronave que mais faz o abastecimento em ar para outros aviões da aeronáutica tem uma capacidade máxima de 157 mil libras de combustível. A cada minuto, pode descarregar para outra nave 150 ou 300 galões de querosene. Geralmente, a operação completa, entre decolagem e aterrissagem, toma duas horas. Na demonstração, porém, foram três horas, com três caças abastecidos duas vezes, e a nave levava 100 mil libras de querosene.

O Sub-oficial Sérgio, observador dos caças que se aproximam para abastecimento, explica que sua função é orientar todo o processo entre a traseira da nave – de onde vê o abastecimento – ao piloto à frente, com indicações de aproximação e posição. O Tenente Comandante Luiz Roberto Parente, piloto do KC 137, cita que além do treino para os caças, alguns pilotos estão sendo treinados para se adequar à esta maior aeronave. “Temos quatro pilotos bandeirantes que estão fazendo treinamento de pouso, decolagem e reabastecimento no KC 137, que é uma nave mais complexa”.

A tripulação explica que o reabastecimento de outras aeronaves é, no momento, a função mais desempenhada pela KC 137, entretanto, ela também pode atender ao Presidente da República, transporte de tropa ou carga e mesmo missões – como foi feito no Haiti e Timor Leste. “A aeronave é a versão militar do boeing 707 e temos quatro na FAB. A última vez que o Presidente usou foi para o Oriente Médio, mas ela está sempre preparada para seu recebimento”, conta o coordenador de abastecimento, o Sub-comandante Marcelo Sá Fernandes.

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