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‘Está acontecendo uma clandestinidade desenfreada’

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Entrevista com Eudo Laranjeiras, presidente da Fetronor.

Qual avaliação o senhor faz  do serviço de transporte intermunicipal?
O transporte não está bom. Está muito ruim para todos. Estamos num processo de “perde todo mundo”. Perde o usuário, as empresas estão perdendo, o Estado está perdendo porque não está arrecadando. Tudo isso, fruto de um serviço que foi se avolumando, feito muito mais na base da demagogia política. Nós não temos uma estrutura de fiscalização eficiente, o Estado não tem uma fiscalização e fez com que o sistema de transporte fosse se acabando.

(Foto: Adriano Abreu)

Eudo Laranjeiras, presidente da Fetronor (Foto: Adriano Abreu)

#SAIBAMAIS#O que pode ter causado isso?
O problema do transporte não é culpa desse governo. Vem se acumulando há, pelo menos, 20 anos. O sistema caiu o serviço, sim. De lá para cá já fecharam cinco empresas de ônibus. Elas faliram, fecharam, deixaram de operar. Elas sumiram em função dessa clandestinidade desenfreada. O que está acontecendo é uma clandestinidade desenfreada. O que existe hoje são milhares de carros fazendo linha, vans fazendo linha. A clandestinidade é o principal ponto que faz com o transporte não melhore.

O DER deveria cuidar de transporte ou somente gerir rodovias estaduais?
O DER não é um órgão que foi preparado para cuidar de transporte. O DER é um órgão que foi criado para acompanhar obras, conservação de estradas e construção. O Estado precisar criar um órgão gestor de transportes, que treine pessoas e as coloque na fiscalização. Isso fará com que tenhamos de volta um sistema de transporte que já foi muito bom. Na hora que os clandestinos rodam, os motoristas são autônomos. Não recolhem nada, as pessoas que estão dentro desses carros não tem garantia nenhuma, não tem a quem recorrer a não ser processar o Estado. O Estado está tão necessitado de dinheiro e abre mão dessa arrecadação.

Existe demanda para que mais empresas operem no Rio Grande do Norte?
Há lugares, cidades que estão abandonadas sem transporte público. Existe a demanda, existem passageiros. Sempre que o Estado fiscaliza, faz um trabalho, os passageiros voltam. O que está acontecendo hoje é uma concorrência desleal.

As empresas que ainda resistem estão numa situação financeira grave?
Estamos passando por um momento muito difícil. Excluindo a área da região metropolitana, que tem uma vida própria nas cidades dormitórios, o resto do estado vive em situação grave. As empresas em situação muito complicada financeiramente.

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