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Estado faz pagamento e greve em hospitais estaduais deve acabar

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O pagamento dos trabalhadores em greve dos hospitais estaduais foi repassado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) à empresa terceirizada. Com isso, os maqueiros e ASG’s devem voltar ao trabalho a qualquer momento, assim que o pagamento for efetivado. A greve se deu pelo atraso salarial referente a setembro, bem como a falta de pagamento de direitos trabalhistas como vale-transporte, vale-alimentação e férias. Os hospitais afetados pela paralisação são  João Machado, Coronel Pedro Germano, Dr. José Pedro Bezerra, Maria Alice Fernandes e Walfredo Gurgel. 
Reunião foi realizada entre representantes da empresa, do Estado e do sindicato, com mediação do Ministério do Trabalho
O principal embate se deu pelo desencontro de informações referentes ao pagamento dos salários. De acordo com a direção da Safe, empresa contratada, o pagamento é feito pela Sesap para a empresa e repassado aos trabalhadores. Com isso, é necessário que eles entreguem os comprovantes de serviços de cada mês para que o repasse seja feito. “A documentação é entregue sempre no prazo necessário”, afirma a direção da Safe. Com o pagamento efetuado pela secretaria, a empresa garante a quitação de todos os atrasos. 
Contudo, segundo a Sesap, a Safe não apresenta esses comprovantes dentro do prazo estabelecido, por isso acontecem atrasos. Segundo a pasta, o pagamento tem sido feito dentro do prazo estabelecido na legislação. “Dentro da legislação existe um prazo de 90 dias. A gente tem pago dentro do prazo e antes. Eles precisam enviar as notas para que o pagamento seja feito e muitas vezes eles atrasam bastante esse comprovante de serviço”, afirma a pasta por meio de assessoria. 
O sindicato que apoia a greve dos maqueiros e trabalhadores do setor de limpeza (Sindepern) se reuniu, na manhã desta terça-feira (25), para negociar pagamento dos trabalhadores  sob  mediação do Ministério do Trabalho. A audiência contou com a presença de representantes da Safe, Procuradoria Geral do Estado (PGE-RN), Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), mediador e líder sindical. Na ocasião, foi debatido atraso, reajuste salarial dos empregados, demais problemas referentes ao não pagamento dos benefícios e a retomada das atividades.
Como resultado da discussão, ficou acertado o pagamento salarial referente a setembro. Quanto as demais demandas discutidas, não houve uma concretização dos pontos levantados pelo sindicato. A partir disso, o procurador geral do Estado adjunto, José Duarte Santana, se dispôs a mediar e resolver futuros embates entre o Estado e a Safe. Já o líder do Sindepern, Domingos Ferreira, afirma que futuras greves podem acontecer, caso aconteçam novos atrasos. “Nós queremos resolver da melhor forma, mas já ficou avisado que, caso haja descumprimento, nós iremos denunciar novamente”, afirma. 
Trabalhadores e pacientes são os mais prejudicados 
Trabalhadores se reuniram no Ministério do Trabalho na esperança de resolverem a situação. De acordo com um deles, que preferiu não se identificar, o problema se estende há vários meses. “A gente tá sofrendo muita coisa diante de vale-alimentação, que está sendo descontado e não está sendo repassado há vários meses. Vale transporte, que entra R$ 25, R$ 30. A gente tá pagando do nosso bolso para ir trabalhar”, afirma. A fala é refletida pelos demais presentes. Trabalhador que precisa de dinheiro emprestado para passagem ou que não tem dinheiro, sequer, para compras do mês.
Por outro lado, pacientes também sofrem com a falta de efetivo nos hospitais. De acordo com a diretora administrativa do Walfredo Gurgel, Luzicínia Costa, O Walfredo Gurgel, a greve tem atrapalhado o dia a dia do hospital. “Quem tá em greve é a Safe, quando ela faz greve, normalmente fica 50% do efetivo. Logicamente que causa problemas. Na higienização você precisa de 90 trabalhadores. Você trabalhar com 45 é problema”, afirma. 
A diretora continua a dizer que, em situações normais, sem greve, o hospital já enfrenta problemas pela falta trabalhadores. “Maqueiros, nós trabalhamos com nove maqueiros diariamente, quando a nossa necessidade normal já é 14. O hospital já trabalha com menos maqueiros”, conta. De acordo com ela, o hospital trabalha com cinco categorias de terceirizados: vigilância, manutenção, lavanderia, nutrição e higienização e maqueiro.
 
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