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Este ano, Coedhuci aponta 710 crimes

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O número de homicídios tende a continuar crescendo no Rio Grande do Norte. Esse é o prognóstico do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania (Coedhuci). Para embasar a afirmação, o presidente do Conselho, Marcos Dionísio, aponta dados que ainda não foram confirmados pela secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed). Segundo o Coedhuci, em 2013, o RN contabilizou 1.670 assassinatos. Esse ano, já são pelo menos 710 homicídios. “Ainda não chegamos ao mês de junho e o número de crimes violentos, esse ano, já é quase a metade do registrado ano passado. Ou seja, a tendência é de crescimento”, disse.
Marcos Dionísio: “Falta vontade política para mudar esse quadro”
A TRIBUNA DO NORTE solicitou à Sesed, há mais de uma semana, os dados referentes ao ano passado para confrontar com as informações passadas pelo Coedhuci. No entanto, até o momento, não obtivemos resposta. Para Marcos Dionísio, os dados apresentados pela Flacso reforçam a tese de que não há planejamento para a segurança pública no Estado. “Falta planejamento, diálogo entre as instituições e vontade política para mudar esse quadro”, colocou Dionísio.

#SAIBAMAIS#Sempre que estudos apontam para o aumento galopante do número de homicídios no Estado, é inevitável que um ponto entre em debate: a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Anunciada há vários anos pelo Governo do Estado e apontada como uma das soluções para esbarrar o crescimento da violência, o delegacia especializada nunca saiu do papel.

Na última vez que o secretário Eliéser Girão falou sobre o assunto – durante sabatina na Assembleia Legislativa, há aproximadamente um mês –, ele não estipulou uma data para o projeto ser implantado. Os parlamentares estavam preocupados com a possibilidade do efetivo de policiais civis ser deslocado do interior do Estado para a capital, onde a Divisão deve ser criada.

“A divisão de Homicídios será implantada com efetivo local, não haverá relocação. E também não haverá extinção da delegacia de Mossoró, como estão supondo. Mas o estudo sobre a formação desse grupo de policiais será feito pelo Delegado Geral”, declarou o secretário.

Outra preocupação do Coedhuci é com relação ao programa “Brasil Mais Seguro”. Após nove meses de adesão ao projeto, o Rio Grande do Norte ainda não recebeu nenhum centavo do montante de R$ 40 milhões destinado à implantação de pelo menos treze projetos. Os recursos não foram liberados porque o Estado não atingiu algumas metas estabelecidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Apesar da letargia, durante a mesma audiência na AL, o titular da Sesed garantiu que o programa será efetivado. “Conseguimos colocar o programa nos trilhos e vamos receber os recursos”, disse Eliéser Girão. No entanto, Marcos Dionísio não está confiante. “Quantos meses estamos esperando por isso? O Estado corre o risco de perder recursos para uma área de extrema importância”, pontuou.

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