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Estudantes protestam contra tarifa

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MANIFESTAÇÃO - Ato público congestionou o trânsito na BR-101
Estudantes universitários e secundários de instituições públicas uniram-se ontem em frente a uma parada, ao lado do shopping Via Direta, para protestar contra a cobrança de tarifa do circular, aumento da passagem do transporte público e para pedir licitações no sistema de transporte.

É a segunda vez que o DCE-UFRN lidera protestos com esse fim em menos de 15 dias. O último foi no dia 28 do mês passado. Um grupo de aproximadamente 200 estudantes, munidos de alto-falantes e faixas de protesto, gritavam palavras de ordem. O novo projeto muda a rota do circular, que rodará o Campus e sairá na altura do Nordestão de Cidade Jardim, passando pela estação do Mirassol, até o complexo viário do quarto centenário. Na volta o ônibus pára na estação implantada na calçada do supermercado Carrefour.

Em abril o chefe do Departamento de Estudos e Projetos da STTU, Flávio Nóbrega, confirmou em entrevista para a TN que “o sistema que integra o circular e as estações de transferência justificam a cobrança, pois os usuários, ao desembarcar nas estações têm à disposição linhas de ônibus para todos os pontos da cidade”.

Mas não é assim que pensam os estudantes. Olavo Fernandes, integrante da coordenação da mobilização, diz que “pode acontecer de abarrotar as ‘gaiolas’” – termo que usaram para designar as estações de transferência. Elas podem não ter capacidade para abrigar todos os usuários, principalmente em horário de pico. Além disso, existe a insatisfação em defesa dos que precisam de ônibus intermunicipais que não páram nas estações. Também os que desejarem se movimentar entre setores do Campus Universitário estarão sujeitos ao pagamento da passagem. “E esse é um serviço que beneficia tanto os estudantes da UFRN quanto de escolas públicas que precisam fazer pesquisas e usar a biblioteca da universidade”, explicou Olavo. Outros prejudicados serão as pessoas que moram nos arredores da universidade e usam o transporte para chegar ao seu setor.

Flávio Nóbrega adiantou que a reunião de hoje à tarde decidirá entre a proposta da STTU e a da UFRN, mais aceita, de que o circular seja exclusivo para a universidade, com o seu terminal na praça cívica do campus. “Espero que essa seja uma reunião só para protocolar a decisão”, disse Flávio.

A respeito do aumento da tarifa dos ônibus, um dos argumentos contra é o não aumento do salário dos operadores e cobradores. “Sabemos que os tubarões do transporte (empresários donos das empresas) exercem uma grande pressão para que essa lei seja aprovada.”, explicou Olavo sobre o interesse dos empresários. No entanto, Flávio afirma que por enquanto isso é apenas um boato e que não sabe de reuniões a esse respeito dentro da STTU.

As licitações defendidas, segundo Gabriela Terto, presidente da UMES “são a garantia de que o poder público terá controle sobre o sistema de transporte público”. Ela explica ainda que a ação tira o monopólio das empresas de ônibus, melhora a qualidade, diminui os preços e evita o superfaturamento das planilhas apresentadas ao governo. “Esse processo funciona na maioria do Brasil”, disse.

O estudante de ciências sociais Dennys Lucas é contrário e acha que as licitações não trazem perspectiva de mudança e teme que os empresários de organizações determinem em consenso o preço a ser cobrado. “Participei de todas as reuniões, mas desse protesto não participo só porque não concordo com as licitações. Isso para mim é um consórcio de fraude”.

Curso em gestão das organizações de trânsito

Numa iniciativa pioneira dentre as universidades do nordeste, a UFRN realiza o primeiro curso de especialização em Gestão das Organizações de Trânsito, para os profissionais ligados à área.

O objetivo é formar gestores na área de trânsito, que terão maior conhecimento sobre a legislação e práticas das organizações que lidam com o trânsito “para proporcionar, além do conhecimento, uma visão macro sobre o assunto”, explica a professora Dayse da Mata, coordenadora do curso e professora do Departamento de Engenharia de Produção da UFRN.

O curso vem acontecendo desde a terça-feira da semana passada. A carga horária total é de 360 horas e foram oferecidas 40 vagas.

Dentre as disciplinas estão engenharia de trânsito, educação e fiscalização, segurança, administração geral e de trânsito, metodologia da pesquisa científica, estatística e psicologia aplicadas ao trânsito, introdução ao estudo do direito de trânsito, ética e cidadania, municipalização e planejamento estratégico do trânsito. Atividades complementares como visitas técnicas e palestras com especialistas também estão no programa.

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