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Estudantes reclamam de sistema de registro único

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STTU - Clodoaldo Trindade afirma que falhas foram causadas por equívocos do DAEO Registro Único (RU), implantado esse ano pela Secretaria de Transporte e Trânsito Urbano (STTU), ainda vem causando transtornos para alunos. Alguns estão, até hoje, com o número de registro bloqueado indevidamente e, por isso, não podem comprar vales transporte de estudantes, que custam a metade do preço da passagem integral.

O problema vem acontecendo principalmente com alunos da UFRN. Byanca Vanderlei da Silva é aluna do curso de radialismo e pega pelo menos quatro ônibus diariamente para ir às aulas e ao trabalho. Desde maio está com a carteira de estudante em mãos, mas ainda não pode comprar as passagens porque está com seu RU bloqueado. O problema é que a o nome da sua mãe no registro do Departamento de Administração Escolar (DAE) da UFRN está diferente daquele que foi enviado à STTU quando da solicitação da confecção da carteira.

De acordo com a estudante, que está há dois meses tentando resolver sua situação, o DAE lhe informou que enviou o disquete com as correções à Secretaria que, por sua vez, diz não ter recebido os dados. Por telefone a estudante questionou se não poderia ir pessoalmente à STTU para resolver a situação, mas foi informada que de nada adiantaria. “Só agora que eu soube, por algumas colegas, que teria de ir até lá, fazer a correção, pegar um documento e levar até o DCE para ele pedir de novo a liberação da carteira, que acontece em mais uns quatro dias”.

Foi isso que Wany Leydiane Souza fez. A estudante de mestrado em engenharia da computação procurou a STTU na tarde de ontem e regularizou sua situação. Antes disso ela passou quatro meses pegando seis ônibus diariamente e pagando o preço da passagem inteira. A estudante aproveitou a viagem e pediu à STTU uma declaração dos erros cometidos pela UFRN para processar a instituição.

O problema de Wany era que, enquanto aluna da UFRN e do Senac, estava cadastrada nas duas instituições de ensino no banco de dados da STTU. O que não seria nenhum problema se não faltasse um sobrenome da mãe no cadastro enviado pelo DAE-UFRN. Assim, ela tinha dois RU, que foram bloqueados pelo sistema.

Erros de digitação geram bloqueios de carteiras

O chefe do Departamento de Operações da Secretaria de Transito e Transporte Urbano, Clodoaldo Trindade, explica que qualquer diferença entre os dados enviados pela escola no início do ano, quando foi requisitada uma lista com todos os alunos matriculados, e aqueles enviados para fazer a requisição da identidade estudantil, ou enviados por outras escolas, geram erros no sistema, que bloqueia o RU. “Às vezes são erros de digitação mesmo”, diz.

Clodoaldo Trindade alega que a falha foi do DAE, em ter errado na hora do cadastramento do aluno, e do Diretório Central de Estudantes (DCE), que fez as carteiras de estudantes, em confeccionar o documento sem antes checar se as informações que passou para a STTU eram as mesmas que o DAE tinha passado.

Mas a versão do DCE é diferente. Segundo informou o coordenador geral do órgão, Jailson Simões, “as carteiras foram feitas porque a STTU autorizou, depois ela mesma (Secretaria) bloqueou”. Ele confirmou que o procedimento a ser feito pelos alunos que estão com seu RU bloqueado é primeiramente procurar a secretaria de transporte, pegar um documento que declara que a informação que estava errada foi corrigida, e levá-lo ao DCE, que fará formalmente uma nova solicitação de autorização.

Jailton informou também que, ainda que as informações que tenham recebido do aluno sejam diferentes daquelas que estão no cadastro da universidade, o DCE ajusta os dados para que ambos estejam idênticos, mas que o DAE tende a abreviar alguns nomes.

No Departamento de Administração Escolar, a explicação para a diferença nos nomes dos alunos é proveniente do momento do registro da matrícula do estudante, feita pela superintendência de informática. “É um processo que não estávamos adaptados ainda, mas já está sendo resolvido”. Jean Kelber Bezerra de Medeiros, assistente em administração do departamento, adianta que a começar pelo próximo ano as informações serão geradas para o DAE a partir dos dados da Comperve, que recebe as informações diretamente do candidato ao vestibular, quando faz sua inscrição pela internet.

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