Os residentes da Casa do Estudante começam a retornar para a instituição a partir deste sábado, após uma ampla reforma no prédio histórico. O governo, através da Secretaria Estadual do Trabalho e da Assistência Social (Setas), disponibilizou uma estrutura em condições de acolher mais de 500 estudantes – hoje, 300 vivem no lugar. “Praticamente, reconstruímos essa casa, porque tivemos que mexer em toda a parte estrutural, para dar conforto e dignidade aos que moram aqui,”, destacou a governadora Wilma de Faria, que já determinou ao secretário do Trabalho e da Assistência Social, Fernando Antonio Bezerra, a reforma também das casas do Estudante em Caicó e Mossoró.
Na reforma da Casa do Estudante de Natal, foram investidos cerca de R$ 600 mil, em recursos provenientes em grande parte do Tesouro Estadual, e também de convênio do Estado com o Banco do Brasil. A obra recuperou completamente a estrutura das fundações do prédio, incluindo todos os pilares e vigas. Também promoveu a total restauração da cobertura, dos revestimentos e das instalações elétricas e hidráulicas. Por se tratar de uma edificação tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado, suas características originais foram preservadas e o governo precisou contratar uma empresa especializada na restauração de prédios históricos.
A edificação estava em situação precária quando a governadora Wilma de Faria tomou posse, no início de 2003. Laudos técnicos apontavam, inclusive, para o risco de desabamento. As más condições estruturais obrigaram o Governo do Estado, por intermédio da Setas, a alugar um outro prédio, também localizado no Centro de Natal, para receber os alunos integrados à Casa do Estudante. Nesse período, a Secretaria responsabilizou-se também pelos custos com alimentação, água e luz. Disponibilizou, ainda, uma nutricionista para orientar a alimentação dos alunos.
Construído no final do século 19, o prédio que hoje sedia a Casa do Estudante foi cenário de importantes passagens da História do Rio Grande do Norte. Inicialmente, funcionou como Hospital da Caridade, sendo a primeira unidade de saúde do Estado no combate ao surto de cólera. Anos depois, passou a abrigar o Quartel da Polícia Militar, que em 1935 ofereceu resistência à chamada Intentona Comunista, sendo palco de uma intensa batalha entre as forças do governo da época e os rebeldes.
Da solenidade, participaram, além dos residentes, os parlamentares federais Rogério Marinho e Fátima Bezerra, a deputada estadual, Márcia Maia, prefeitos e alguns dos fundadores da instituição: Dari Dantas, Wellington Xavier, que saudou Wilma de Faria como “governadora dos estudantes”, e Pedro Bezerra.
