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Estudo mostra a disparada de casos de SRAG no Nordeste

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Os coronavírus são a segunda principal causa do resfriado comum e, até as últimas décadas, raramente causavam doenças mais graves. O SARS-CoV, que causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), é um dos sete tipos de coronavírus humanos conhecidos, a exemplo do MERS-CoV e o SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. Um estudo desenvolvido na UFRN tenta traçar o perfil da SRAG no Nordeste, utilizando informações de hospitalizações publicadas pelo InfoGripe/FioCruz, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), que disponibiliza para download os dados agregados e algumas variáveis como sexo, idade e testagem.

Evolução da SRAG entre 2012 e 2020 no Nordeste
O professor Ricardo Ojima, do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da UFRN, pesquisa a disparada do número de casos registrados. “Analisando os dados históricos de hospitalizações por SRAG, percebemos que há uma alteração significativa no ano de 2020. Comparando os dados das primeiras 15 semanas epidemiológicas de cada ano, fica evidente que na região Nordeste o número de casos notificados de hospitalizações por SRAG é muito maior em 2020”, analisa. Para o Rio Grande do Norte, apesar da diferença de níveis, as tendências são muito próximas.

Segundo os dados compilados pela pesquisa de Ojima, o total de casos registrados no Nordeste em 2020 até agora é equivalente ao acumulado de casos entre 2015 e 2019. “É muito provável que esses casos de SRAG que não obtiveram confirmação de teste para qualquer outro vírus sejam essencialmente decorrente da Covid-19”, analisa.

Nos anos anteriores, o perfil dos pacientes era majoritariamente formado por crianças, especialmente abaixo de 2 anos de idade, com uma maior concentração de casos em meninos. A partir de 2020, é percebida uma mudança nesse perfil demográfico, pois o grupo de idade com maior proporção de casos passou a ser de maiores de 60 anos de idade.

Baseado nos dados do sistema e considerando as informações de óbitos relacionados à SRAG, Ojima aponta que “cerca de 19% dos casos no Nordeste constam como aguardando resultado ou sem teste. Daqueles testados positivamente para algum vírus, 85% foram confirmados para Covid-19, sendo 14% confirmados para Influenza A e B”. No Rio Grande do Norte, 20 dos 25 testes positivos foram confirmados para SARS-CoV-2 e seis aguardam resultado ou não foram testados ainda.

Uma análise anterior do ONAS-Covid-19 mostra a comparação entre os casos notificados de SRAG nas primeiras semanas epidemiológicas de 2019 e 2020 para avaliar, por unidades da Federação do Nordeste, como houve um aumento expressivo nas internações por SRAG no ano de 2020 em relação a 2019.

Reportagem extraída do portal UFRN (Vilma Torres – Agecom).

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