Bate-papo com Brian Lloyd, piloto americano.
Por que você escolheu homenagear especificamente a figura de Amelia Earhart?
Bem, há várias razões. A primeira é que ela é uma figura de extrema importância para o mundo da aviação. Ela e pessoas como Charles Lindbergh criaram os voos de longa distância para todos nós hoje em dia. Infelizmente, ela perdeu a vida enquanto fazia essa viagem ao redor do globo pelo equador, que é o caminho mais difícil para se seguir, em função da distância. Eu sinto que eu posso honrar sua memória da melhor forma tentando refazer esse voo, que foi muito significante, muito difícil, e parece a mim que tentar repetir o feito seria significativo também. Estou tentando ir a todos os lugares que ela foi, tentando seguir exatamente seu itinerário. Infelizmente, há alguns lugares nos quais não vou poder passar, como a Venezuela, que estava em sua rota original, e a Eriteia, que são lugares para os quais não é seguro para mim enquanto americano viajar atualmente.
O piloto americano Brian Lloyd planeja dar a volta ao mundo, seguindo a rota equatorial, como tentou fazer a aviadora Amélia Earhart, em 1937. Brian partiu dia 31 de maio do Texas e termina seu desafio em Oshkosh, Wisconsin (EUA)
#SAIBAMAIS#Você recebeu algum tipo de patrocínio para este projeto?
Eu tive alguns patrocinadores particulares, mas a maior parte dos custos da viagem foram cobertos por mim. Nenhuma companhia ou empresa contribuiu para o projeto, apenas amigos, familiares e pessoas apaixonadas pela aviação. Eu realmente me surpreendi em todos os lugares que eu fui com a resposta positiva das pessoas ao projeto. Em cada lugar, parece que vejo mais pessoas que conheceram e que acabam fazendo parte disso de alguma forma, porque eu levo um pouco delas comigo ao partir. Estou pedindo para que em cada local que eu pare, as pessoas assinem o avião. Espero que ao fim da viagem, ele esteja todo desenhado com marcas de todos aqueles que fizeram parte disso.
Você tem gostado da experiência até agora? Aprendeu algo novo?
Tem sido uma experiência incrível. Eu tenho me deparado com várias situações que são muito novas pra mim, como por exemplo ter que explicar para várias autoridades locais quem eu sou, o que estou fazendo… O que eu mais absorvi até o momento é que cada país é diferente e você precisa aprender e respeitar as regras daquele lugar, os costumes. Tudo é um pouco diferente. Eu tenho bastante experiência voando sobre o Caribe, alguma experiência voando em outros países, mas é a minha primeira vez ao sul do Equador, então tudo é novo para mim.
