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Ex-árbitro acusa outros dois

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ACUSADOR - Edílson Pereira volta à cena e faz revelações
Durante o lançamento de seu livro “Cartão Vermelho” (Mundo Editorial, 156 páginas), na 19ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo, o ex-árbitro de futebol Edílson Pereira de Carvalho resolveu revelar mais coisas sobre esquemas que acontecem na arbitragem brasileira. “Ainda há dois árbitros (não quis revelar os nomes) que estão manipulando resultados. Isso para agradar dirigentes, não é nada de apostas. Todos sabem disso na Federação Paulista de Futebol”, contou Edílson, numa entrevista coletiva para poucos jornalistas. Com problemas financeiros agravados com a descoberta da chamada “Máfia do Apito”, em setembro do ano passado, o ex-árbitro espera que a sua autobiografia o ajude a sanar as dívidas.

Numa espécie de desabafo, Edílson conta que o livro vale para aquelas pessoas que são apaixonadas, até demais, pelo futebol. “São para aqueles que se ´matam’ para ver uma partida no estádio ou que brigam com a esposa para ver o jogo na televisão. Eles precisam saber o que há por trás do futebol”, afirmou.

Ex-árbitro do quadro internacional da Fifa, Edílson Pereira de Carvalho foi envolvido na “Máfia do Apito”, escândalo que levou à anulação de 11 partidas do Campeonato Brasileiro do ano passado e envolveu também o ex-árbitro Paulo José Danelon em jogos da Série B do Brasileirão. Os juízes eram ligados a empresários que faziam apostas em sites, como Nagib Fayad, o Gibão.

Ao longo da autobiografia, chamam a atenção trechos em que Edílson Pereira de Carvalho faz elogios rasgados às suas atuações. “Deus me deu o dom da arbitragem”, diz a certa altura. Na página 152, por exemplo, ele cita um clássico entre São Paulo e Corinthians válido pela Copa do Brasil de 2002 e destaca: “Nesta partida, como sempre acontecia, eu tinha tido (sic) uma excelente atuação”.

Em relação ao futuro, Edílson Pereira de Carvalho confia que irá escapar da cadeia. “Não tenho falado com meu advogado, pois é um pouco complicado bancar tudo isso. Alguns amigos estão me ajudando a arcar com as despesas. Mas estou esperando que eu seja condenado, sim, mas não preso. Se eu fosse preso, acho que faltaria cadeia para tanta gente que teria que ir comigo. Lá em Brasília, por exemplo, tem muito político que fez coisa pior e está solto. Tenho que pagar, mas não com a prisão”, afirmou Edílson.

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