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Ex-presidente Lula reclama que nunca “teve trégua da mídia”

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou durante um discurso na Argentina que “os donos de jornais e canais de TV (no Brasil) ganharam muito dinheiro em meu governo. Mas nunca me deram trégua. Nunca deram uma manchete positiva em meu governo. Não me lembro de momento algum em que falaram ‘Lula é bom’”. Lula fez estas declarações durante o discurso originalmente previsto para dissertar sobre Responsabilidade Social Empresarial (SER) no Primeiro Congresso Internacional de RSE da Argentina, no Hotel Holiday Inn de Ciudad Evita, distrito de La Matanza, na Grande Buenos Aires.
Lula reclama do tratamento que recebeu da mídia nacional
O auditório estava lotado de ministros do governo da presidente Cristina Kirchner, deputados, prefeitos e vereadores, além de acadêmicos. No discurso, o ex-presidente relatou que um dia disse à mulher, Marisa, que “se ficarmos lendo jornais e revista, vamos ter azia Simplesmente parei de ler”. Os ministros de Cristina, entre eles Julio De Vido, o homem forte de Cristina na área econômica, aplaudiram.

Mas Lula também destacou, como se ainda fosse presidente, que, “se alguém acha que um dia vou mexer um dedo para prejudicar a imprensa, esse dedo já caiu”. O ex-presidente também avaliou as críticas que recebe: “muitas vezes aquele que fala mal da gente é mais honesto do que aqueles puxa-sacos das autoridades”. Mas na sequência – durante uma parte de improviso em seu discurso – voltou a criticar a imprensa: “muitos colunistas tentam desacreditar os políticos”.

Depois, em tom de alerta, acrescentou: “mas fora da política não há saída.!”. Lula afirmou que as pessoas que criticam os políticos deveriam entrar na política: “talvez o político que você deseja esteja dentro de você”.

“Eu não tenho vergonha de meus deputados nem de minha presidente Quem quiser um partido melhor que crie um partido político!”, exclamou Lula, enquanto era ovacionado pelas primeiras filas da conferência.

Segundo Lula, “somente uma democracia permite que um negro seja eleito presidente dos Estados Unidos e que um índio governe a Bolívia e um homem como (José) Mujica que ficou seis anos em uma solitária (durante a ditadura militar) seja eleito presidente do Uruguai”.

Ao longo do discurso Lula afirmou várias vezes que “ama” a Argentina. Lula destacou a necessidade de aprofundar a integração bilateral. No entanto, fez uma nuance, recorrendo a seu clássico exemplo futebolístico: “no Brasil só temos divergências com a Argentina no futebol”. Na sequencia disse que não poderia ocorrer um remake do “Maracanaço” de 1950, quando o Brasil perdeu para o Uruguai no Rio de Janeiro. “Espero que a Argentina não vá à Copa do Brasil…e espero que o Brasil ganhe”, disse em tom brincalhão.

Segundo Lula, “o Brasil e a Argentina não devem entrar em confronto, porque um é complementar ao outro. Mas ainda falta muita coisa a ser feita”. Segundo o ex-presidente, “o Mercosul, apesar de seus inimigos, está vivo e funcionando”.

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