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Ex-presidentes da Assembleia foram citados

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As investigações do Ministério Público acabaram por mostrar que, além das ligações com a Operação Pecado Capital sobre as fraudes no Ipem, o esquema desvendado com a Operação Dama de Espadas também tem relações com fraudes no Idema, reveladas na Operação Candieiro. Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor do Idema e já condenado pelas fraudes, é filho de Rita das Mercês. Em acordo de colaboração premiada com o MPE, ele revelou o envolvimento de deputados nos dois esquemas – o da ALRN e do Idema – inclusive comprometendo o governador Robinson Faria.

Gutson: delação sobre esquema
Gutson: delação sobre esquema

#SAIBAMAIS#Gutson ocupou, além do cargo de assessor parlamentar na ALRN, cargos no Tribunal de Contas do RN, na Prefeitura Municipal de Mossoró e no Idema graças a indicação e os contatos políticos/pessoais da mãe. Advogado, ele também integrava o quadro do escritório R&R Advogacia que teve papel fundamental na orientação dos esquemas e foi cenário para reuniões e decisões relativas ao esquema na ALRN. Funcionários do escritório, segundo Gutson, recebiam pela Assembleia. Era no escritório, muito freqüentado por políticos, que as folhas paralelas dos servidores fantasmas eram confeccionadas.

Ao falar como o grupo também desviava recursos através de empréstimos consignados feitos em nome de servidores fantasmas, Gutson detalha como operava para a mãe, arregimentando pessoas para emprestar nome, CPF e outros dados cadastrais e/ou fazendo saques e repassando os valores. Quem emprestava os dados ficava com a menor parte (cerca de R$ 200 ou R$ 300), Gutson ficava com R$ 1.000,00 e, afirma Gutson, “ o restante do valor eu entregava a ela, a Rita, que segundo ela era pro presidente da Assembleia.”

Em um trecho mais adiante, no depoimento, Gutson especifica quem era o presidente que recebia da mãe, Rita das Mercês, os valores maiores: “o que acontecia quando eu sacava o dinheiro, eu chegava com o valor, eu ficava com mil reais, sobrava dez mil, dez mil entregava na mão de Rita. Segundo ela, o restante era para o presidente, na época era Robson (sic) e posteriormente passou a ser, que era quem tava na presidência, o Ricardo Motta”.

Em nota publicada pelo portal G1RN, o governador Robinson Faria disse que não tem qualquer envolvimento com as supostas irregularidades citadas, “o que será comprovado com o andamento das investigações e da análise da justiça”.

Na quarta-feira, durante solenidade  com um grupo empresarial chinês que pretende se instalar no RN, Robinson Faria também fez referência a uma investigação que estaria em curso no MP e envolveria apurações sobre servidores “fantasmas” que exerceram cargos comissionados na AL. “Estou tranquilo quanto as apurações”, disse. “Não tenho nenhuma preocupação quanto a isto. Estou muito tranquilo. E confio na Justiça, no Ministério Público”, afirmou.

Depoimento mostra citações a Robinson e Ricardo Motta

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