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Ex-técnico do ABC morre aos 77 anos

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O futebol brasileiro perdeu na sexta-feira um de seus  personagens mais carismáticos. Morreu, aos 77 anos, João Avelino, em decorrência  do Mal de Alzheimer. “Compadre João”, “71” – seu número no curso do Senai -,  “Titio”, “Mandrake” foram alguns de seus apelidos em mais de 50 anos de futebol. Em Natal, Avelino treinou o ABC, em 1976. Ficou conhecido por salvar as equipes do rebaixamento e por revelar talentos.

Um dos casos mais famosos foi de 1959, quando ele estava no Guarani. João foi  a uma benzedeira, em Valinhos, que orientou o time de Campinas a jogar de meias  pretas. O conselho foi seguido e a vitória veio sobre o Santos de Pelé, por  3 a 2, se salvando da queda. 

Avelino era descobridor de talentos

Considerado um “descobridor de talentos”, João Avelino gabava-se de ter revelado  Toninho Guerreiro, atacante de sucesso no Santos e São Paulo. “Ele era da Força  Pública. Seus pais não queriam nada com o futebol, pois um de seus irmãos perdera  um braço jogando”, contou uma vez. “Levei-o para jogar no XV de Piracicaba. 

No primeiro tempo da sua estréia não fez nada. A torcida queria me matar e tive  de puxar um revólver. No intervalo, pedi para ele fazer o que fazia nos treinos.  Fez dois gols.” “Ele não é um auxiliar. Trata-se de um segundo técnico”, disse uma vez Oswaldo Brandão, com quem João Avelino trabalhou na conquista do histórico título do  Corinthians, em 1977, após 23 anos de jejum.   

Apesar do reconhecimento dos colegas de trabalho, a carreira de João Avelino  sempre viveu sob a ameaça do desemprego. Em 1958, trouxe o América de Rio Preto  – onde trabalhou uma dúzia de vezes – para a primeira divisão do Campeonato  Paulista. Venceu Corinthians e São Paulo, empatou com o Santos e, após perder  para o Palmeiras por 4 a 1, acabou demitido.

Trabalhou na maioria dos clubes do interior paulista, mas só conseguiu uma  boa oportunidade na Portuguesa, em 1971. Ficou apenas 18 meses. Perdeu o cargo  após agredir o árbitro Romualdo Arpi Filho.

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