Bangcoc (AE) – O exército da Tailândia consolidou ontem um golpe de Estado, dois dias depois de declarar lei marcial no país. Dissolveu o governo, suspendeu a Constituição e dispersou grupos de manifestantes dos dois lados do espectro político, que se reuniram em Bangcoc e levantaram temores de um confronto violento. Vários funcionários do governo foram presos e um toque de recolher foi decretado no fim da noite. Segundo o comandante militar, general Prayuth Chan-ocha, o objetivo é restabelecer a ordem e promover reformas. O país vive desde novembro uma crise política com protestos de rua.
Prayuth fez o anúncio em uma transmissão na TV, após um encontro com todas as facções políticas rivais com o objetivo de encontrar uma solução para protestos que já duravam seis meses. Ele disse que a tomada do governo não afetaria as relações internacionais. “Para a situação voltar ao normal rapidamente e para que a sociedade volte a sorrir e a ficar em paz e para reformar as estruturas política, econômica e social, os militares precisam tomar o controle do poder”, disse Prayuth.
O porta-voz Winthai Suvaree disse que Prayuth vai liderar o conselho militar que agora governa o país. Suvaree afirmou ainda, em um comunicado divulgado na TV, que a Constituição está suspensa, mas o Senado e todos os tribunais continuariam com suas atividades normais.
O primeiro-ministro deposto, Niwattumrong Boonsongpaisan, e seu governo receberam a ordem de se apresentar ao novo regime, que adotou o nome de Conselho Nacional para a Manutenção da Paz e da Ordem.
