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Expectativas para a alta estação não se concretizam

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ALTA ESTAÇÃO - Especialistas em turismo afirmam que Natal tem apenas três meses de baixa estaçãoO segundo período de maior atração de turistas no Estado é o mês de julho, sendo que este ano, a alta estação não vem correspondendo às expectativas dos empresários ligados ao setor de turismo, devido a diversos eventos que atravessaram a temporada e acabaram por influenciar as viagens de brasileiros e estrangeiros.

A própria diminuição das diferenças na quantidade de turistas entre estações é um dos fatores. O motivo é a criação de vôos charter e o barateamento de passagens, fatos que não limitam mais as viagens a tempos prolongados, que duravam em torno de um mês, referente às férias, nem que os turistas visitem uma região apenas, pois mais de uma viagem podem ser feitas ao longo do ano. A própria mudança na estrutura familiar, que demonstra a tendência de  casais de terem filhos mais tarde, é motivo para que viajem por mais anos sem depender das férias escolres no meio ou no final do ano.

Estas entre outras razões fazem com que o RN tenha apenas 3 meses de baixa estação de fato: abril, maio e junho. No entanto, ainda é possível afirmar que dezembro, janeiro e julho são períodos de tradicional aumento no número de turista, sendo que um comportamento atípico no mercado mudou os números este ano. A média de ocupações dos hotéis, por exemplo, em anos anteriores  era de 45% dos leitos, mas até agora apenas 25% deles estão ocupados, conforme Mário Barreto,  membro da Associação de Hotéis da Via Costeira e empresário da rede hoteleira. Nilo Machado Pereira, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) do RN afirma que a redução no fluxo de turistas para o Estado foi de 17% comparado a 2005.

Na opinião da presidente do Sindicato dos Guias de Turismo, Iacy Vasconcelos, “esta não foi uma baixa, foi uma rasteira”. Ela aponta que os ônibus de tursmo estão parados, os guias sem trabalhar e os hotéis dando férias aos seus funcionários.

A maior vilã, do ponto de vista das secretarias municipal e estadual de turismo, é a Copa do mundo. Foi por causa dela que muitas famílias deixaram de viajar para assistir aos jogos com parentes e amigos, além de investirem seu dinheiro na compra de televisores de plasma. “Por conta da copa os brasileiros vão ter só 15 dias livres para viajar”, aponta Fernando Bezerril, secretário municipal de turismo.

Também contribui o problema financeiro pela qual a empresa aérea Varig, maior do país, vem passando, que reduziu drasticamente o número de vôos para a capital potiguar. Esta falta, no entanto, não foi suprida por outras companhias. Natal recebia diariamente cinco vôos, sendo que atualmente apenas um vem à cidade pela companhia. “Esperamos que com o leilão no dia 12 haja uma solução para a Varig” comentou Nilo Machado. 

A baixa no preço do dólar foi também fator determinante para que turistas brasileiros,  maioria no RN, preferissem destinos internacionais e que os estrangeiros não encontrassem tantas vantagens em vir para o país. “O brasileiro com dinheiro opta por sair do país. Tem gente indo para a Argentina, Chile, para as estações de esqui”, aponta Jan von Bahr, diretor geral de um hotel da Via Costeira.

Mas para os empresários da indústria hoteleira o maior problema é de divulgação do Estado como destino turístico. A iniciar pelas denúncias de sexo-turismo nas maiores emissoras de televisão do país, apontando o Estado como um dos que tem o problema mais acentuado, o que gerou uma péssima imagem para o local. 

Concomitante a isso, eles opinam que não é dada a devida importância ao Noresdete, nem ao RN. “estamos sem divulgação deste destino há três anos e meio. Agora circulou uma na televisão, mas foi muito pouco, pouca gente viu, e está tendo campanha maciça de outros anunciantes na época da Copa”, reclama Mário Barreto. Para ele o ideal é que sejam feitas duas campanhas anuais, principalmente no sul e sudeste do país, de divulgação da cidade.

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