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Expectativas para o novo governo

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A TRIBUNA DO NORTE ouviu representantes do setor empresarial, entidades de classe e do Poder Judiciário e Ministério Público sobre as expectativas para a gestão da governadora Fátima Bezerra e do vice-governadora, Antenor Roberto. Empresários aguardam mudanças positivas no sistema previdenciário e tributário que possibilitem a redução da burocracia, a otimização da arrecadação e, principalmente, do dispêndio dos recursos arrecadados através dos impostos, e o consequente reaquecimento da economia potiguar. Confira depoimentos.
Eudo Rodrigues Leite – Procurador-geral de Justiça
“A expectativa em torno do novo Governo, diante das diversas reuniões com a equipe de transição e com a governadora, é positiva. Há uma compreensão muito clara por parte dessa equipe quanto aos imensos desafios que o futuro Governo enfrentará, especialmente no campo financeiro, orçamentário e fiscal. Além disso, ficou claro que já há um planejamento e medidas em estudo para, se não a solução imediata desse grave quadro de déficit financeiro, o que seria mesmo impossível, ao menos o arrefecimento dessa crise e a paulatina regularização do pagamento dos salários e fornecedores, entre outros débitos. O MPRN, apesar de não se imiscuir nos aspectos políticos do Governo, tem se colocado à disposição para contribuir para ultrapassarmos bem esse momento, já que isso é uma questão de Estado e não apenas de governo.”
Des. Expedito Ferreira – Presidente do TJRN
“Espero uma administração técnica, com iniciativa e planejamento para enfrentar os graves e urgentes problemas vividos pela população potiguar. Os desafios que estão postos são complexos, mas a governadora eleita tem proposto um grande pacto com a sociedade e com as instituições para enfrentá-los e vencer a crise. Assim, desejo sucesso ao novo governo em suas iniciativas e que possam recuperar o Estado do Rio Grande do Norte”.
Ezequiel Ferreira – Presidente da Assembleia Legislativa do RN
“A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte espera manter com o próximo governo do Estado uma relação harmônica e independente, conforme preconiza a Constituição Federal, visando sempre a implementação de políticas públicas no sentido de promover o desenvolvimento econômico e social com ações que estabeleçam melhoria na qualidade de vida da população norte rio-grandense.”
Amaro Sales de Araújo -Presidente da FIERN
“A Governadora Fátima tem demonstrado o firme propósito de dialogar com todos, o que já é um excelente início. Desejamos que o diálogo ocorra e que o empreendedorismo seja prestigiado como uma estratégia vigorosa de desenvolvimento econômico sustentável. Ademais, que a governadora lidere a construção de um novo tempo onde, articuladamente, possamos ter serviços públicos de qualidade, em um ambiente de animadora prosperidade para o Rio Grande do Norte.” 
Marcelo Queiroz – Presidente da Fecomércio/RN
“Esperamos que a governadora possa adotar, com firmeza e espírito público, as medidas necessárias para devolver ao Rio Grande do Norte o desejado equilíbrio fiscal e financeiro, cuja perda tem afetado fortemente toda a nossa economia que, como é sabido, padece de uma grande dependência dos investimentos e recursos públicos. Somente assim será possível recuperar a adimplência dos salários dos servidores – fonte importante de irrigação da economia e do comércio potiguares – e, principalmente, o pagamento em dia aos fornecedores de bens e serviços do Poder Público, muitos deles já em situação bastante delicada por não estarem recebendo o que lhes é devido. Além disso, esperamos que neste esforço a governadora sequer pense em elevar, de qualquer maneira que seja, a carga tributária que já pesa de maneira injusta e insuportável sobre quem produz e gera emprego e renda neste Estado.”
Arnaldo Gaspar Jr. – Presidente do Sinduscon-RN
“Infelizmente, não é só dinheiro para investimento em obra que falta, é dinheiro para investimento em qualquer outra coisa. O Estado está completamente zerado de recursos e o  governo, tanto o atual quanto o próximo – o atual porque não fez as reformas necessárias e o próximo se não fizer – se tornará um mero pagador de folha de pagamento. O Governo do Estado precisa se reinventar, cortar gastos, encarar de frente os seus problemas e resolvê-los, com ajuda da Assembleia Legislativa e do Poder Judiciário. Eles têm de tomar atitudes corajosas, não simpáticas à população, principalmente porque terão de cortar na carne. Considero que tanto em nível federal quanto estadual a questão fundamental é a previdenciária. O novo governo e a AL têm de enfrentar essa questão, tem de enfrentar esse desgaste porque senão não terá dinheiro para nada, e a governadora será, na melhor das hipóteses, uma pagadora de folha, e se a realidade continuar nem isso ela será, apenas ficará dando desculpas e jogando a culpa no passado”.
Ana Adalgisa Dias Paulino -Presidente do CREA/RN
O grande desafio de Fátima Bezerra é fazer diferente. Nós temos duas vertentes para que a construção civil volte a crescer. É preciso desburocratizar processos, agilizar emissão de licenciamentos ambientais no Idema e no Corpo de Bombeiros. Além disso, é preciso união para que o Estado volte a crescer”. 
José Odécio Jr. – Presidente da ABIH/RN
“A nossa expectativa é que a governadora dê continuidade ao trabalho que já vem sendo desenvolvido na área do turismo, especialmente quando às ações de promoção e divulgação. A indicação do nome para a Secretaria de Turismo é de uma pessoa que conhece o setor. O Rio Grande do Norte precisa muito se desenvolver e o turismo é uma das suas alternativas e atração de novos empreendimentos turísticos é fundamental para essa alavancagem no crescimento da economia do Rio Grande do Norte. A gente faz votos de que a gestão seja exitosa. Todos ganham”.
Eudo Laranjeiras – Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Intermunicipal de Passageiros do RN e presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR)
“Temos certeza de que a governadora Fátima vai priorizar o transporte público intermunicipal como outros governos já o fizeram, no Ceará, na Paraíba e na Bahia e nós vamos reverter essa situação. O setor vive uma crise sem precedentes que só vem se agravando, com empresas fechando, mais de 2 mil trabalhadores de carteira assinada perderam o emprego, dezenas de cidades e comunidades sem transporte legal e milhares de passageiros sem um serviço regular de ônibus, seguro e de qualidade. A atuação do DER, que está responsável pelo transporte intermunicipal, tem priorizado a parte de estradas e esquecido do transporte. Falta pessoal, planejamento, fiscalização, investimentos em tecnologia e incentivo para quem investe nesse setor, que já foi um dos maiores contribuintes do Estado e pode voltar a ser com sua recuperação.”
Augusto Vaz – Presidente da CDL Natal
“Nós esperamos que seja um governo que dialogue com o setor produtivo, que deixe o Rio Grande do Norte um ambiente menos hostil para empreender e que consiga cumprir com a folha de pagamento em dia e os seus fornecedores, não prejudicando, assim, a nossa economia. Que um tenha uma atenção especial, também, para a Segurança Pública”.
Ângela Maria Paiva Cruz – Reitora da UFRN
“A missão da Universidade é produzir conhecimentos, arte e cultura e disseminar saberes para propiciar desenvolvimento social e econômico do Estado e do país. Para isso, muitas cooperações já estão em andamento com várias Secretarias, tais como Saúde, Educação, Segurança, entre outras. Elas serão mantidas e possivelmente ampliadas, caso sejam demandadas pela governadora eleita Fátima Bezerra e sua equipe de gestão”.
Nilson Queiroga – Consultor Técnico do Seturn
“Desejamos boa sorte e prosperidade à nova gestão. Esperamos que o transporte público seja tratado com prioridade. O transporte tem sofrido interferência de outros modais e carece de subsídio por parte do poder público, para que possa praticar uma tarifa mais barata. Recentemente, o Estado reduziu os impostos para o turismo, mas aumentou para o setor de transporte. Os governos precisam ter um olhar à luz do que preconiza a Constituição.” 
Wellington Rodrigues – Presidente da CDL Mossoró
“A expectativa é de que o novo governo passe a olhar as empresas como parceiras no desenvolvimento econômico do Estado. Simplificando a legislação do ICMS seria uma primeira solução. Atualmente a legislação está sobrecarregada com inúmeros decretos e regulamentos onde nem mesmo os fiscais conseguem acompanhar as mudanças, o que traz insegurança e tem deixado a classe empresarial angustiada com o futuro dos seus negócios. Deve haver também formas de criar ou ampliar os incentivos fiscais, para que possa atrair e manter as empresas em nosso estado e assim retomarmos o caminho do desenvolvimento”.
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