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Experiente e mais exigente aos 60

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PROPOSTA - O ABC pode ser o destino de Ferdinando em 2007Um dos técnicos mais conceituado do futebol nordestino tirou “licença” este ano para tocar seus negócios particulares. Mas, depois do lançamento da academia Máximus (seu novo investimento em Natal), em dezembro do ano passado, o treinador Ferdinando José Araújo Teixeira, 60 anos, pretende voltar aos gramados no ano que vem, mas com uma condição: “Desde que haja uma boa estrutura no clube”.

“A época de aventuras já passou. Não posso deixar minha família e meus negócios para se aventurar por aí. Se a proposta for boa e o clube contar com uma boa estrutura e planejamento posso negociar, até porque esta é minha profissão e o que gosto de fazer. Por enquanto, estou apostando muito na academia (Máximus)”, completou, sem revelar qualquer proposta do ABC, clube que procura um técnico para a próxima temporada.

Houve, inclusive, um encontro informal entre o presidente alvinegro, Judas Tadeu, e o treinador no meio da semana passada, durante uma solenidade política. O dirigente do ABC desconversa e, apesar de tecer elogios ao treinador potiguar, diz que, por enquanto, não existe nada de concreto sobre a possibilidade de contratá-lo. De acordo com os especuladores de “plantão”, o nome de Ferdinando Teixeira anda sendo muito cogitado nos corredores do clube ao lado de Maurício Simões, que comandou o ABC na última Copa Rio Grande do Norte.

Por enquanto, Ferdinando só quer saber de se dedicar ao seu novo projeto, tanto que sequer tem acompanhado aos jogos do América na Série B do Campeonato Brasileiro. “Não posso avaliar a campanha do América na Série B porque não tenho ido aos jogos. Tenho me dedicado muito aos negócios na academia e por isso não tenho tido tempo. Mas torço para que o América volte a primeira divisão. Afinal, é o Rio Grande do Norte lá”, disse Ferdinando, que vendeu sua empresa de ônibus à época em que trabalhou no futebol do Catar. “Ficou difícil de administrar o negócio de tão longe. Por isso, resolvi vender”, emendou o treinador, que também já ensinou em várias escolas de Natal.

“Futebol, hoje, é investimento”

Segundo Ferdinando, não se faz mais futebol como antigamente e há uma necessidade urgente de projetar o futebol para o futuro. “Futebol, hoje em dia, é muito caro. O tempo em que renda pagava a folha e dirigente botar a mão no bolso já passou. Tem que haver planejamento, patrocínio. O grande empresário tem que colocar na cabeça que não está fazendo favor ao investir no futebol. Futebol, hoje, é negócio, investimento, uma forma de se mostrar ao mercado, através de rádio, jornal ou TV”, destacou. 

Já quanto ao Brasil sediar uma Copa do Mundo, como anunciou a CBF na última quarta-feira com apoio do presidente da Fifa, Joseph Blatter, Ferdinando disse que deve haver interesse do poder público, além de vontade política. “Acho que o Brasil tem sim condições de sediar uma Copa do Mundo. Mas, deve haver interesse do governo federal e vontade política. Tem que se reformar estádios e construir outros. E isso requer um esforço muito grande, planejamento e parcerias”.

Formado em Educação Física, o professor Ferdinando Teixeira é conhecido e respeitado em todo o Nordeste, por onde trabalhou durante sua carreira como treinador de futebol. ABC, América, Alecrim, Santa Cruz, Fortaleza e Ceará, foram alguns clubes comandados pelo exigente técnico. A única experiência fora da região foi o futebol do Catar.

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