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Explodiu o cenário nacional

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Agnelo Alves
Jornalista

O IBOPE explodiu todo o cenário da sucessão presidencial com a candidata Marina Silva eleita presidente do Brasil por uma diferença de nove pontos. Em números reais, Marina 45 e Dilma 36, no segundo turno.

Os cacos do cenário ainda pairam no ar, enquanto a plateia votante está perplexa, sem entender esse resultado, no todo inesperado e impensável até duas semanas atrás, quando ocorreu a tragédia da morte do então candidato à Presidência da República Eduardo Campos de quem Marina era vice.

Os mais sensatos observadores da cena ainda advertem para o resultado com expectativa para o Datafolha, a ser divulgado a qualquer instante. Todavia, manda a tradição que a divergência que poderá existir entre os dois institutos de pesquisa será apenas e tão somente de números. Em vez, por exemplo, de nove pontos, o Datafolha poderá apurar oito ou mesmo sete pontos.

Os cacos do cenário que parecia, a cada pesquisa, consolidar-se antes da reviravolta, apresentava Eduardo Campos sempre em terceira colocação e Dilma inflexivelmente sempre como primeira colocada. Na hipótese do segundo turno, quem disputaria com Dilma seria Aécio Neves. Eduardo Campos e os demais candidatos ditos “nanicos” ajudavam um segundo turno. Venhamos e convenhamos, a explosão foi estrondosa demais para um raciocínio ponderado, lúcido, fora da perplexidade que o IBOPE justifica.

Esse resultado apurado pelo IBOPE e possivelmente confirmado pelo Datafolha é fruto da emoção, diante da tragédia que matou o candidato Eduardo Campos de quem Marina era vice? Realmente é cabível a pergunta, talvez mesmo pertinente. Mas há de se convir que o resultado do IBOPE causou uma diferença tão espetacular, seja lá por qual motivo ou razão for, que nem juntando os cacos, ainda no ar, seria possível um raciocínio, salvo um palpite, diante do curto prazo do primeiro para o segundo turno, tornando difícil uma modificação para o retorno de Dilma ao primeiro lugar como vencedora final. Resta um mês do primeiro turno e mais um para um possível segundo turno. Pouco tempo ou o suficiente para mudar o resultado da explosão?

Não vejo como os cacos mandados para o ar e ainda pairando lá em cima possam ser recolhidos e reconstituídos, salvo uma nova explosão ou coisa parecida. Ou a tendência será colar todos, ajustando-os à nova realidade? Em todo caso, vale acompanhar, pesquisa a pesquisa, semana a semana, seus resultados. Será um trabalho interessante, artesanal mesmo. Os programas de rádio e televisão serão capazes de modificar o cenário com a retomada de Dilma ou o surgimento de um Aécio diferente? Os programas, até agora, não me autorizam a acreditar.

A bomba arrebentou a boca do balão da sucessão presidencial. Vale o trabalho dos marqueteiros? Difícil, muito difícil.

ABC… ah o ABC
O incrível aconteceu. Depois de perder mediocremente dentro de casa, no Frasqueirão, para o lanterninha do campeonato brasileiro, o ABC empatou, com o placar de 1×1, com o Vasco da Gama, em São Januário, no Rio de Janeiro.

Verdade? Belisca no meu braço para eu acreditar que não foi um sonho. Foi não. “Verdade verdadeira”.

E o América ontem? Escrevo sem saber o resultado. Mas o América sofre do mesmo mal do ABC. Juntando os dois não formarão um “timinho”, embora o América seja menos ruim do que o ABC. Vasco, ABC e América são ruins de correr água.

Pesquisa local
Está anunciada para hoje à noite, na inter TV Cabugi, a divulgação de pesquisa do Datafolha sobre o cenário local de sucessão governamental. Ou foi divulgado ontem e a Tribuna publica hoje? Escrevo antes, na manhã de quarta-feira, com boatos e palpites fervilhando. Vale um palpite? Não dou não, embora seja um crente de que a união faz a força. Tem também os institutos locais.

Debates
Os programas de televisão estão desinteressantes. Os debates poderão produzir resultados. Marina está preparada? E Dilma? Ou quem vai mostrar preparo é Aécio? Que venham os debates.

Segunda-feira próxima já é setembro. Na primeira semana de outubro a eleição.

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