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Expofruit mostra importância da fruticultura para economia do RN

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EVENTO - Melão produzido em solo potiguar vai para países europeus

O nível de qualidade e a importância do setor para a economia potiguar e a nacional são duas características da fruticultura, especialmente da produção de melão. Mostrar isso ao Rio Grande do Norte, ao Brasil e ao mundo é a principal missão da Feira Internacional da Fruticultura Irrigada (Expofruit), cuja quinta edição foi encerrada ontem, em Mossoró. Mas os bons resultados do evento ainda não amenizam as perdas que os produtores vêm tendo com o dólar baixo, uma vez que a exportação é o principal destino das frutas cultivadas aqui. “Estamos trabalhando para empatar”, diz o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade (Coex), Segundo de Paula, se referindo à busca frenética por corte de custos. Em um futuro próximo, o Coex quer transformar a Expofruit em uma referência nacional e internacional, ao ponto de os produtores locais se preocuparem muito mais em receber compradores aqui do que ir até eles em seus países. E o evento parece estar caminhando para isso. São esperados cerca de US$ 20 milhões em negócios gerados a partir dos contatos feitos durante a feira, que conta com 320 stands, número que lhe confere a posição de maior evento do segmento no país. Entre os visitantes, brasileiros e estrangeiros, todos atrás de vender e comprar aos agricultores que trabalham na área no RN. No próximo ano, o Coex quer incrementar a importância da feira adiantado-a para junho, tendo em vista que os contratos são fechados no primeiro semestre.

O destaque que a Expofruit dá ao setor, entretanto, ainda não é capaz de fazer os produtores esquecerem os prejuízos que vêm tendo com o dólar baixo. Mais de 80% das 220 mil toneladas de melão – principal produto da fruticultura irrigada potiguar – vão para o exterior. O mercado interno, embora tenha recebido mais frutas depois que o câmbio começou a ficar desfavorável para os produtores, ainda não é atraente, porque consome muito pouco. Assim, para não perder espaço no mercado internacional, restam as alternativas como investimento em pesquisa, produtividade, e requerer melhor infra-estrutura para o transporte da mercadoria. Um exemplo de problema de logística é o Porto de Natal. A Intermelon, uma das maiores exportadoras, escoa mais de 60% da sua produção com a Hamburg Süd, cujos navios são muito grandes para atracar no terminal potiguar – a mercadoria acaba saindo por Pecém, no Ceará.

Contudo, até agora as exportações têm mostrado bom desempenho. Entre janeiro e agosto deste ano, foram vendidos US$ 25,6 milhões somente em melões, 50% a mais do que o mesmo intervalo de 2006 e 19,6% superior a 2005.

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