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Falta envolvimento na capacitação de professores

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bate-papo
George Dantas –
Ex-coordenador do curso de Medicina da UFRN em Natal e atual coordenador do curso no Seridó

#SAIBAMAIS# Como ocorre a inserção do aluno da UFRN na realidade do SUS?
A partir do primeiro ano já há algumas práticas. No terceiro período, eles tem acesso ao hospital universitário e, em alguns momentos, vão para atenção básica. Temos disciplina de saúde coletiva em Macaíba e São Gonçalo do Amarante. A disciplina de saúde da família e comunidade é em Natal. Além disso, eles passam sete semanas no setor de urgência e emergência do Walfredo. Há também a maternidade em Santa Cruz.

O curso teve nota máxima no último Enade, não é isso?
O curso é bem avaliado. Na seção “alunos”, foi a melhor nota no Enade e o conceito atual é 5. Estamos entre as 15 melhores do Brasil.

Como está composto o corpo docente?
Cerca de 60% dos professores tem mestrado. Temos aí 40% sem títulos, segundo o último Enade, mas isso melhorou nos últimos dois anos. São cerca de 200 professores. Alguns não são exclusivos de Medicina. A carga horária é de 20 horas. Isso é um problema, não há dedicação exclusiva.

E como será o curso em Caicó?
O curso começou a ser discutido ano passado com prefeituras, Cremern e outras entidades. Será um curso diferente. O conteúdo é o mesmo, mas o método de abordar será diferente. Optamos pelo modelo mais avançado baseado na resolução de problemas.

De que forma os problemas na rede de saúde atrapalham o aprendizado dos futuros médicos?
Esse é um dilema. Não há só experiências ruins no SUS. Tem coisa boa no SUS. Mas lógico que atrapalha. Por exemplo: tínhamos alunos na maternidade Leide Morais que tiveram que sair de lá. A UFRN também não é perfeita. A gente tenta corrigir. Se tem bairro sem segurança, a gente tira, mas não retrocedemos. Não criamos ilha da fantasia para os alunos.

Faltam recursos para o curso?
Não. Recursos sempre existem. Não temos carência de recursos. Os alunos tem acesso à bolsas de estudo.

Qual dificuldade o senhor pode apontar?
Acho que falta formação para o professor ensinar. Percebo que isso é um problema. Falta envolvimento maior na capacitação de professores.

George Dantas é o atual coordenador do curso no Seridó

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