A produção interna de gás, em abril, disponibilizada para o mercado consumidor, somou 26,48 milhões de metros cúbicos, com aumento de 6,14% em relação a abril do ano passado. No acumulado do ano, a oferta de gás natural aumentou apenas 1,42% em relação a igual período do ano passado, embora o consumo esteja registrando acréscimo próximo a 20% ao ano, principalmente devido à maior frota de veículos movidos a GNV (gás natural veicular) e ao maior uso do combustível pelas termoelétricas.
A produção total de gás natural em abril somou 47,3 milhões de metros cúbicos, com queda de 3,51% em relação a abril do ano passado. Desse total, 9,3 milhões foram reinjetados devido à falta de instalações para o seu aproveitamento, como é o caso dos poços localizados em Urucu, no Amazonas. Outros 4,2 milhões de metros cúbicos foram queimados pela Petrobras, o que ocorre devido ao fato de a produção de gás ser associada ao petróleo. Nesse início do ano, a estatal aumentou a produção de óleo, mas sem concluir as instalações para o aproveitamento do gás natural teve de queimar o combustível em suas plataformas.
Além da queima e da reinjeção, a Petrobras utilizou cerca de 7,34 milhões de metros cúbicos em abril. A estatal está tendo de alocar maior volume do combustível para as suas térmicas para gerar energia e atender determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Como a empresa não tem conseguido entregar gás natural para as térmicas do Nordeste, apesar de ter assinado contrato nesse sentido, foi obriga a gerar no Sudeste e enviar essa energia para o Nordeste para compensar a não entrega do gás natural, preservando os reservatórios das hidrelétricas da região.
