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Faltam medicamentos no Walfredo

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Funcionários do Hospital Walfredo Gurgel, maior hospital da rede estadual do Rio Grande do Norte, denunciaram  a falta de medicamentos para o atendimento de pacientes.  Segundo fontes da TRIBUNA DO NORTE, entre os medicamentos em falta, estavam os antibióticos Keflin, Kefazol e Meropenen, e o analgésico Tramal. O Hospital Walfredo Gurgel não confirma a falta especificamente desses medicamentos, embora tenha dito que a falta de medicamentos, em geral, acontece eventualmente por dificuldades burocráticas.

Atendimentos e exames laboratoriais foram reduzidos no Walfredo Gurgel em virtude de uma greve dos servidores da saúde


Atendimentos e exames laboratoriais foram reduzidos no Walfredo Gurgel em virtude de uma greve dos servidores da saúde

Alguns remédios, como os antibióticos poliximina e vancomicina, estariam sendo utilizados apenas para os tratamentos já em andamento, enquanto o Tramal IV estaria sendo utilizada apenas para pacientes na urgência. A Heparina injetável também estaria em baixa no estoque. A Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap), afirma que a falta dos medicamentos se deve ao fato de alguns deles não serem padronizados e, por isso, não possuem registro de preço vigente junto à Sesap.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), as medicações patronizadas pelo HWG estão com os processo de compra em andamento, e que “ocorrem apenas faltas pontuais decorrentes de imprevistos, como pregões eletrônicos desertos ou cancelamento de empenhos por fornecedores”.

Em nota, a assessoria do Hospital afirma que a falta de medicamentos em pregões eletrônicos acontece, muitas vezes, “por nenhuma empresa de prontificar a fornecer determinada medicação”. Mais recentemente, eles informam que três itens importantes foram cancelados no registro de preço por um fornecedor junto à Sesap, o que teria atrasado a conclusão do processo.

Para suprir a demanda, o HGW afirma que “está formalizando processos de compra na modalidade de carona, através de um registro de preço que já foi concluído, em outro serviço de saúde, seja ele municipal, estadual ou federal”.

Greve
Além da falta de medicamentos, os pacientes que buscam atendimento no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel também tiveram os atendimentos e exames laboratoriais reduzidos, nesse caso por causa da greve dos servidores da saúde, que acontece desde o dia 5 de fevereiro.

Em uma nota distribuída pela Divisão de Laboratório do Hospital, o setor informou que os exames ambulatoriais de rotina estariam suspensos. Além disso, afirma que “torna-se inviável ao setor a realização diária de exames laboratoriais de todos os pacientes internos (UTI e enfermarias), logo, os casos que não forem de urgência serão realizados em dias alternados”. Os pacientes do pronto-socorro, informa a nota, serão atendidos “sem exceções”.

Já os atendimentos gerais de pronto-socorro estão funcionando normalmente de acordo com a assessoria do Hospital. Alguns serviços de enfermaria, no entanto, como banho e troca de curativos, foram reduzidos.

Em nota, a Sesap informou que recebeu uma lista de reivindicações dos servidores foi recebida pela Secretaria. No último dia 11, a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS foi reativada, a fim de tentar um consenso com os trabalhadores.

A Secretaria afirma que está “constantemente negociando com o sindicato dos servidores da saúde e mantém o diálogo aberto”. A Secretaria afirma acreditar na negociação como o caminho para solucionar a situação

Dívida
A situação de calamidade na saúde pública estadual foi decretada em junho de 2017. À época, a Secretaria declarava dificuldade para pagar os fornecedores e garantir os estoques de insumos médicos e medicamentos.

Mensalmente, os gastos da Sesap giram em torno de R$ 100 milhões, sendo R$ 60 milhões para cobrir a folha de pagamento e cerca de R$ 40 milhões para o custeio da estrutura da rede de atendimento. A Secretaria iniciou o ano com a segunda maior dívida do Estado, com R$ 342 milhões de restos a pagar, entre convênios, fornecedores e funcionários.

Seguindo uma recomendação do Ministério Público Estadual, a Secretaria está em processo de revisão dos convênios firmados junto aos municípios do interior em 2018. Em 2018, foram 28 convênios firmados, somando R$ 17 milhões. Desses, R$ 9,35 milhões ainda não foram transferidos aos municípios. Os recursos, de acordo com documentos obtidos pela equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE, seriam destinados em quase sua totalidade à compra de medicamentos, insumos e ambulâncias.

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