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Fantasia em tons ecológicos

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Yuno Silva
repórter

“Chamam de fantasia aquilo que os humanos vêem, ouvem e sentem nos primeiros anos de suas vidas. (…) Desde crianças vocês ouvem falar de nós, porém, à medida que crescem, aos poucos, vão se esquecendo. É perdida, então, a capacidade do contato com o mundo das fadas; mas os seres que nele habitam continuam a coexistir com as pessoas”, declarou a fada Ellyllon na ‘Carta aos Humanos’, texto de abertura do romance “A Filha de Gaia”, livro que Carol Vasconcelos lança neste próximo sábado (30), das 17h às 20h, na livraria Nobel da Salgado Filho.
Com uma queda pela literatura sobrenatural jovem, realçada em seu primeiro livro de contos, escritora Carol Vasconcelos estreia no romance com “A Filha de Gaia”
Enquadrado como leitura infanto-juvenil (para todas as idades!), “A Filha de Gaia” utiliza o realismo fantástico e a atmosfera mágica de dimensões paralelas para, além de entreter, passar mensagens de cunho ambiental e de respeito mútuo – temas tratados de maneira diluída em uma jornada que lembra bastante as histórias de J. R. R. Tolkien (“O Senhor dos Anéis”) e J. K. Rowling (Harry Potter).

Mas antes de conhecer “a filha”, é bom saber quem é “Gaia”. Divindade grega, do panteão dos deuses primordiais, Gaia é a Terra, a Mãe Terra; a palavra também designa teoria científica que defende o planeta como um único organismo vivo, onde atmosfera (ar), hidrosfera (água), litosfera (terra) e criosfera (geleiras) estão intimamente integrados.

“Em futuro não muito distante (no ano de 2028), a Terra atravessa um período complicado: a degradação avançada gera escassez de alimentos e poluição, e Aurora precisa agir rápido para evitar a extinção da vida e restabelecer o equilíbrio no planeta”, contou Carol, adiantando o enredo e já revelando o nome da personagem principal. Aurora é uma menina híbrida, meio humana meio fada, com a importante missão de buscar o equilíbrio entre os dois mundos que coexistem – dos humanos e o mundo mágico.

A filha de Gaia inicia sua jornada aos 10 anos – o livro acompanha a heroína até os 17 – quando lhe é revelado o poder de transitar entre os dois mundos. Por ser uma das poucas pessoas da Terra que tem consciência da existência dessa realidade paralela, assume para si a missão de recuperar a harmonia entre as duas dimensões. “Aurora não sabe direito quem é, de onde é e o que é, mas sabe que é diferente. Ela tem as orelhas levemente pontudas, enxerga coisas que ninguém vê, e cresceu em um orfanato após ser abandonada pelos pais”, explicou Carol.

Auxiliada por seres invisíveis para a maioria dos mortais comuns, Aurora participa tanto de encontros com elfos, ogros, duendes, fadas, entre outras figuras elementais; como de reuniões com presidentes e conferências internacionais para atingir seu objetivo. “Quem gosta de literatura fantástica vai curtir o livro”, aposta a autora.

Referências
Carol Vasconcelos, 25, graduada em Psicologia, levou três anos para concluir “A Filha de Gaia”. Ao longo desse tempo esteve envolvida em pesquisas que embasaram a construção de personagens e dos locais onde a trama se desenrola. “Leva tempo povoar, construir as regras e as situações de um novo mundo. Para convencer os leitores da possibilidade dessa outra dimensão existir, preciso estar atenta aos detalhes, estudar o clima e a vegetação, as raças dos personagens que são mais adequadas para viver em determinado ambiente. Sem falar na complexidade de cada personagem, com personalidades, origens e aparências distintas”.

Carol lançou seu primeiro livro em agosto de 2010, “Contos do Mundo Mágico”, onde a autora reuniu sete contos que bebem na fonte desse universo de fantasia e de onde saíram referências para esta segunda obra, como a fada Ellyllon, que ‘assina’ o prólogo de “A Filha de Gaia”. “Geralmente faço isso (de interligar os textos), tanto que neste momento trabalho em outras histórias e todas se entrelaçam a partir dessas referências”. O livro sai com selo da Editora Ideia, de João Pessoa (PB), e após o lançamento estará à venda nas principais livrarias da cidade.

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