Não é à toa que grande parte dos clubes que integram as séries “A” como a “B” vai estrear neste final de semana no Campeonato Brasileiro, muito mais com medo do rebaixamento do que pensando em chegar entre os primeiros. Um dado assustador acende a luz amarela dos clubes da Série “A” com um forte argumento: dos 20 participantes do grupo de elite deste ano apenas quatro permanecem firmes na “A” desde 71, que são Inter, Cruzeiro, Vasco e Flamengo, os dois cariocas escapando milagrosamente em mais de uma oportunidade. Na Série “B” o quadro ainda é mais preocupante, sendo o América/RN uma das vítimas ao cair para a “C” em 99, mas escapando graças à Copa João Havelange, confirmando a queda em 2004 e a surpreendente ascensão em 2005.
O “Leão”, há 30 anos
Foi num 07 de março de 1976 que o Baraúnas fez sua estréia no Campeonato Estadual, de forma um tanto amarga porque perdeu para seu arquirrival – o Potiguar, por 2×1, reabilitando-se em seguida ao bater o Atlético por 3×1, mas logo a seguir perdia para o ABC por 1×0. O treinador do Tricolor do bairro 12 anos era Renê Dantas e a maior atração da equipe o zagueiro Mário Braga, que havia deixado o América de Natal. O presidente do Baraúnas – acredite se quiser, amigo mossoroense, era o jornalista Canindé Queiroz, hoje totalmente desligado do futebol, proprietário do grupo que mantém a Rádio Gazeta e o jornal “Gazeta do Oeste”.
O Leão (2)
Para um estreante, sua campanha no primeiro ano não foi tão ruim, já que obteve oito vitórias, mas foi goleado por ABC e América por 5×0, e ainda um 4×1 diante dos rubros. O time base de 76, no dia em que derrotou o Potiguar por 1×0 formou com Souza, Eurico, Tito, Márcio Braga (Robson) e Jerônimo, Zé Raimundo, Marcelo Caucáia e Coutinho, Carlinhos Bacurau e Jeová. E para os saudosistas, o time do Potiguar com Caju, Berico, Jotabê, Nivaldo e Vildomar, Batista, Ibson e Maranhão, Luisinho, Ribeiro e Romildo. Árbitro, Nelson Luzia.
Por que?
O abecedista Natércio Gomes me manda e-mail para revelar sua estranheza pelo fato de o ABC haver sido tão criticado por ter jogado mal e perdido para o Flamengo, em pleno “território” rubro-negro. A história do futebol tem milhares de exemplos de times goleados, jogando mal ou não. “O ABC já derrotou o Fluminense em pleno Maracanã”, contando com uma equipe apenas um pouco melhor do que esta atual” frisa o leitor Natércio, sempre pronto para defender seu ABC.
Remessa
Um recado para os leitores Carlos Koff (de Curitiba) e Ricardo Messia (Salvador): já providenciamos a remessa, via aérea, dos dois exemplares do livro “Da Bola de Pito ao Apito Final”.
Fez-se justiça
Em 2004 o Potiguar/M sagrou-se campeão estadual porém com menor número de pontos do que o América. Este ano, a pontuação fez justiça a todos os clubes. Assim, o Baraúnas, campeão, somou 33 pontos, o vice – Potiguar/M 27, América em 3º. ficou com 26, ABC em 4o. com 23, ASSU em 5o. 21. O Baru teve também a melhor ofensiva do Estadual, com 37 bolas, sete a mais que o vice.
Fez-se (2)
Na sequência, aparecem Alecrim e Santa Cruz com 17, São Gonçalo com 16 ficando no 8º. Potiguar/P em 9º. Corinthians em 10º. com 12, Macau 09 e o Potyguar/CN, rebaixado, com apenas dois pontos, zero vitória, na campanha mais fraca na história do clube. O Baraúnas fez quase os mesmos pontos do que Potiguar/P, Corinthians e Potiguar/CN, juntos.
Cantor das multidões
Se alguns torcedores e cartolas às vezes faziam confusão para lembrar o nome do titular do Ministério dos Esportes (Agnelo Queiroz), seu substituto tem nome popularíssimo: chama-se Orlando Silva. Quem nunca ouviu falar no “Cantor das multidões”?
Pontos corridos
Mais uma faceta de Wanderley Luxemburgo: em todas as competições que disputou no Brasil como treinador do Palmeiras, Cruzeiro e Santos, no sistema de pontos corridos, não perdeu uma só. Já, fora do Brasil, a coisa pegou na Espanha dirigindo o Real Madrid.
Mais confusão
Já estava fechando a coluna quando vem a bomba direto da FNF envolvendo o caso dos três cartões amarelas do jogador Fausto. É um rolo tão complicado como o que envolveu Sílvio e ABC e Assu.
Congresso
Importantíssimo o Congresso Técnico das Séries “A” e “B” transmitido ontem via Embratel, principalmente as sérias recomendações para os árbitros.
De colecionador
Um dos maiores colecionares de escudos de clubes de futebol do mundo, e com certeza o maior do Brasil, será o entrevistado deste domingo do caderno de esportes da TRIBUNA. Seu acervo conta com mais de 20 mil escudos.