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Favela da Rocinha está cercada por 950 militares

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O Ministério da Defesa autorizou nesta sexta-feira, 22, o envio das Forças Armadas para reforçar no patrulhamento da Rocinha, favela mais conhecida do Rio, em São Conrado, zona sul da capital. O pedido foi feito pelo governador Luiz Fernando Pezão, em razão de mais um confronto, com tiroteio, ocorrido na favela. Pelo menos 950 homens das Forças Armadas fecham as entradas e saídas da maior favela da América Latina enquanto policiais civis e militares desencadeiam operações no complexo.

“Não vamos recuar dentro da Rocinha. É o quinto dia de operações. Na Ontem (quinta), descobrimos uma grande quantidade de armamento e drogas”, afirmou Pezão. Segundo disse, as forças de segurança do Estado, incluindo o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) estão avançando numa região da Rocinha em que os traficantes teriam se concentrado.
Cidadãos comuns cruzam por militares fortemente armados pelas ruelas da maior favela do RJ (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)
Cidadãos comuns cruzam por militares fortemente armados na maior favela do RJ (Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo)

“Estamos com indícios de traficantes numa região sobre a qual estamos avançando. Temos certeza de que a reação que está ocorrendo no asfalto é por causa disso. Pedimos reforço embaixo para dar tranquilidade”, afirmou o governador. O pedido para uso das Forças Armadas é para reforçar o policiamento nos acessos à Rocinha, garantindo a circulação pelas vias que passam no entorno, como a Autoestrada. Houve registro de confrontos em outras favelas do Rio, mas o reforço foi pedido apenas para a Rocinha. “A gente precisa agora na Rocinha”, disse Pezão.

A Rocinha passou por um intenso tiroteio na manhã desta sexta-feira. Por volta das 10h, a prefeitura bloqueou a estrada Lagoa-Barra e fechou o túnel Rafael Mascarenhas, nos dois sentidos. A Polícia faz operação no local desde o inicio da manhã de ontem, com participação do Batalhão de Choque.

No início da noite desta sexta-feira, 22, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sugeriu ao governador Luiz Fernando Pezão que exonere o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá. A declaração foi dada à revista Veja e confirmada, em nota, pela assessoria da presidência da Câmara.

“A crise na Rocinha mostra que, infelizmente, o secretário Roberto Sá perdeu as condições de comandar a política de segurança pública do Rio. Falo isso com respeito e admiração pela trajetória dele”, disse Maia. Os confrontos na Rocinha começaram no último domingo (17) com uma disputa entre bandidos pelo controle do tráfico de drogas na favela, localizada em São Conrado, zona sul carioca.

Na ocasião, não houve atuação efetiva das forças policiais. O quadro voltou a se agravar nesta sexta-feira (22) e o governador pediu então ao Ministério da Defesa que as Forças Armadas atuassem no entorno da comunidade. O primeiro contingente de militares chegou à Rocinha às 16h10, com o objetivo de fazer um cerco na favela, em apoio às operações das polícias Militar e Civil.

Em nota, o governo fluminense disse que “vem priorizando a política de segurança, apesar de todas as dificuldades que tem enfrentado, ciente de suas responsabilidades e da importância da preservação da vida”. O governo esclareceu que “para o cumprimento dos seus objetivos, o estado tem trabalhado de forma integrada com as forças federais, sob a coordenação do secretário de Segurança Roberto Sá, que tem sido incansável no cumprimento do dever”.

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