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As duas moram próximas UPA do Potengi, mas Andrea Carla reclamou do atendimento do local. Em uma das vezes que a pequena esteve doente, teve que ir em três postos de saúde diferentes para que examinassem a filha e descobrissem o que ela tinha. “É muito precária a forma que atendem, não investigam nem o que as crianças têm. Da outra vez o medico não olhou nem para a minha filha. Foi quando decidi ir no Sandra Celeste (hospital) e atenderam direito”, reclamou a mulher.
Após alguns minutos de espera, a mãe finalmente entrou na sala do medico, que verificou os resultados dos exames. O diagnóstico era de uma virose e um principio de anemia, resquícios ainda da gravidez, quando a mulher também teve anemia. Em menos de 10 minutos, a mãe saiu com a receita em mãos e esperança que a filha melhorasse o mais rápido. “Há dois anos cancelei o plano de saúde da minha filha mais velha, de sete anos, e não fiz o da mais nova, por falta de condições financeiras. Está sendo muito ruim ficar sem”, lamentou.
As viroses, segundo o medico Tarcísio Gurgel, são cíclicas e comuns nesse período mais chuvoso. As doenças mais comuns em crianças que chegam na UPA, segundo o medico, são infecções gastrointestinais e respiratórias. “A zona Norte é uma região precária, e que está passando por muitas obras, tem buracos e poeira. Tudo isso colabora para a doença das crianças” explicou o medico.
No Hospital Infantil Sandra Celeste, na zona Leste de Natal, Margarida de Souza, 63 anos, aguardava na calçada o atendimento para a neta, Cíntia de Souza, 5 anos. A recepção do local é pequena e estava lotada de pacientes que aguardavam por um atendimento neste domingo. Moradora das Rocas, a mulher se deslocou até o local na esperança de receber um bom atendimento. ‘’Os médicos a maioria são bons, mas o que é ruim é essa espera. A gente só não desiste porque não pode”, lamentou.