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Fechamento de UTI gera processo para atendimento

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Marcelo Lima
repórter

Com mais de 15 dias fechada, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil Maria Alice Fernandes não tem previsão para ser reaberta. São cinco leitos neonatais (para crianças com até 45 dias de nascidas) e outros cinco leitos pediátricos. Até agora essa situação já gerou pelo menos um processo judicial e muitas queixas das mães de crianças transferidas para o Hospital Walfredo Gurgel. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) afirma que vai fazer uma contratação emergencial de uma cooperativa médica para completar a escala de plantão da UTI do hospital infantil, razão do fechamento dos leitos no final do mês passado.
Apesar do atendmento ser mantido, mães querem retorno para Hospital Maria Alice
#SAIBAMAIS#A defensora pública estadual Lídia Nóbrega é a autora de uma ação judicial para que o governo do Estado pague o tratamento em casa (home care) de uma das crianças que estavam na UTI do Maria Alice até o final de outubro. “Temos  laudos de médicos intensivistas pediátricos prescrevendo a internação domiciliar, tendo em vista os riscos na internação na enfermaria”, argumentou a defensora.

O bebê, de apenas seis meses, teve alta da UTI no mesmo período em que os leitos de terapia intensiva do hospital infantil foram desativados. “Ela está internada desde quando nasceu. Passou quatro meses internada na maternidade e posteriormente foi transferida para a UTI do Maria Alice. Mais ou menos nesse período do fechamento dos leitos, teve alta da UTI”, explicou. “Não ficou muito claro para nós se essa alta se daria de toda forma ou se foi em consequência do fechamento dos leitos”, acrescentou Nóbrega.

A defensora entrou com a ação na justiça na sexta-feira passada e espera que a justiça defira um pedido de liminar. “Como a família não tem condições de custear esse tratamento, é dever do Estado custeá-lo”, disse. Não há previsão para que a justiça julgue o caso. A enfermaria foi o destino de crianças que estavam na UTI do Maria Alice e que tinham quadro de saúde “estável”.   Também houve transferências para o Hospital Santa Catarina (Pedro Bezerra) e Hospital Walfredo Gurgel (HWG).

Embora os médicos do Maria Alice estejam trabalhando no Walfredo Gurgel, a escala de trabalho do Maria Alice ainda constam ainda oito médicos intensivistas. Por outro lado, o Walfredo tem apenas um na escala de trabalho na UTI pediátrica. O documento data do dia sete deste mês e fica disponível no site da Secretaria de Estado de Saúde Pública. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Walfredo Gurgel, quatro médicos  somaram-se à equipe da tereparia intensiva infantil depois da transferência de quatro leitos do Maria Alice. No total, o maior hospital do Estado tem agora 10 leitos de UTI infantil.

Hospital Onofre Lopes
O funcionamento de cinco leitos de UTI Pediátrica no Hospital Universitário Onofre Lopes está cada vez mais próximo. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH convocou os aprovados no Concurso Público nº 6/2013. Em maio deste ano, o Cremern deu entrada na justiça federal em uma ação civil pública contra a União Federal e a EBSERH para que disponibilizem o funcionamento de cinco leitos de UTI infantil no Hospital Universitário. Da ação, surgiu um acordo entre as partes. A instalação de climatização era outro problema que a empresa gestora enfrentava para colocar os leitos para funcionar.

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