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Feirantes discordam do MP

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COMÉRCIO - Feira do Alecrim é visitada por cerca de 3 mil pessoas todo sábadoEmbora esteja ameaçada de suspensão pelo Ministério Público, a tradicional feira livre do Alecrim, funcionou normalmente ontem. Sujeira, mau cheiro, desorganização do trânsito nas vias perpendiculares, poluição sonora e falta de higiene, principais argumentos utilizados pelo promotor João Batista Machado para suspender as feiras do Alecrim, Pajuçara e Planalto podiam ser constatadas ontem, na avenida presidente Bandeira e ruas adjacentes,  no Alecrim, conforme denúncia do morador Gustavo Eduardo de Melo.

“O problema se agrava quando termina a feira, pois fica tudo sujo e o mau cheiro aflora. O pessoal mais velho não se importa muito com os problemas causados pela feira por causa da tradição, mas na realidade o que vemos são barracas desorganizadas e inadequadas, sem o mínimo de higiene, nem ao menos dispõem de um sexto de lixo. Os feirantes que vendem frutos do mar, quando termina a feira simplesmente jogam as sobras e restos no chão. É um verdadeiro caos”, reclamou Gustavo Eduardo.

Para o feirante Severino Flor da Silva, a feira não causa transtornos, pois na rua não existem residências, apenas pequenos comércios e armazéns. Com relação à sujeira, ele disse que ao término da feira, a prefeitura providencia a limpeza. “Essa medida só beneficia os donos de supermercado. Se acabarem com essa feira, muita gente vai ficar sem uma renda para sustentar a família”, disse.

Segundo Maria da Conceição, 65, a suspensão da feira do Alecrim prejudica mais os consumidores e feirantes do que os moradores. “Essa feira existe há mais tempo do que muitos moradores desta área. Sempre foi assim: barulho, mau cheiro, sujeira. Mas a prefeitura limpa tudo depois. O interessante é que ninguém fala o lado bom que são as mercadorias de melhor qualidade”, justificou Maria da Conceição.

O órgão responsável pela fiscalização das feiras livres, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), não se pronunciou sobre a posição do MP porque nenhum documento havia chegado à Secretaria.

 Além da suspensão das atividades, o promotor quer seja feito um estudo de impactos da vizinhança  para depois ser providenciada a revitalização com o credenciamento dos feirantes e uma fiscalização constante da prefeitura.

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