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Feirantes reclamam do descaso da vigilância sanitária

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HIGIENE - Lixo e sujeira são marcas registradas da feira do Alecrim

A feira do Alecrim, uma das mais tradicionais de Natal, lugar onde todos os sábados se encontram pessoas de diferentes gerações e poder aquisitivo, é também aquela com os mais graves problemas de infra-estrutura e porque não “omissão do poder público”, na opinião de feirantes e consumidores. Falta fiscalização dos órgãos de vigilância sanitária, da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos para garantir o ordenamento das barracas e coleta de lixo ao longo do dia.

Os comerciantes, oriundos de várias regiões do Estado, cobram o ordenamento e padronização semelhante àquele realizado pela Prefeitura de Natal nos bairros de Cidade da Esperança e Rocas. Na feira do Alecrim é possível encontrar uma enorme diversidade de produtos, riquezas culturais, uma boa prosa entre o feirante e o freguês, mas é impossível não enxergar os alimentos disputando espaço com o lixo e até esgoto a céu aberto.

“Venha vê! É aqui onde Natal inteira se encontra uma vez por semana”, gritava o feirante Manoel Dantas, na tentativa de atrair os clientes à barraca onde apresentava algumas dezenas de queijos. O feirante diz que tem vergonha da situação de descaso porque passa o local. “É certo que nós não tem do que se envergonhar. Porque quem tem o dinheiro para ajeitar não faz nada”, criticou.

As sobras de carne, frutas e cereais se misturam aos restos de embalagens, quase sempre acumulados sob as barracas. Uma tentativa de não deixar à vista dos clientes. Cícero Nascimento da Silva, feirante que vende carne há mais de 30 anos na feira do Alecrim, assume que falta consciência por parte dos próprios usuários do local.

“Mas não se admite que, por aqui, não apareça um único fiscal da vigilância sanitária ao longo do ano. Onde eles estão que não enxergam o que ocorre aqui?”, questionou o comerciante referindo-se Coordenadoria de Vigilância Sanitária. As barracas não oferecem a mínima condição de higiene, a começar pelas lonas e esteios onde ficam expostos os produtos.

Cícero Nascimento da Silva afirma que convive com duas realidades de feiras livres em Natal: a precariedade da feira do Alecrim e um exemplo de como deveria ser esses “aglomerados comerciais”, referindo-se à feira das Rocas, onde também dispõem de uma barraca.No Alecrim, só é preciso parar por alguns instantes em meio aos longos corredores ladeados por mais de mil barracas, observar, e encontrar o luxo e o lixo. Com um pouco de paciência, quem sabe até um repentista com o desafio entre o cidadão e o poder público.

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