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Fernando Coimbra estreia longa ‘Castelo de Areia’ na Netflix

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É a pergunta que não quer calar. Como Fernando Coimbra virou diretor internacional e saiu do interior de São Paulo – Ribeirão Preto – para fazer, para a Netflix, um filme sobre a Guerra do Iraque que estreia nesta sexta, 21, no Brasil? Quando concedeu a entrevista, o filme ainda não havia ido ao ar nos EUA. Coimbra contou sobre o factual, mas estava mais interessado no olhar do outro. Ainda não tinha distanciamento suficiente para falar criticamente de Sand Castle Castelo de Areia. Mas ele sabe sobre o impulso que está sendo para sua carreira dirigir os astros das franquias X-Men e Superman, Nicholas Hoult e Henry Cavill, ambos britânicos.

De Ribeirão para o mundo – “Lobo Atrás da Porta teve uma vida em festivais dos EUA e repercutiu muito bem.” Coimbra refere-se ao drama, com elementos de thriller, que fez com Leandra Leal em 2013, sobre mulher que sequestra e mata a filha do ex-amante. “Tive encontros com agentes e produtores, que me enviaram alguns roteiros, entre eles o de Castelo de Areia.” No intervalo, Coimbra dirigiu episódios (dois) de Narcos, que ajudaram bastante. “Mesmo que não soubesse disso, as cenas de ação de Narcos estavam me preparando para Castelo.”

O filme começa com uma típica cena de guerra, um tiroteio pesado em Bagdá, quando a unidade de Nicholas Hoult – o personagem chama-se Matt Ocre – é presa num fogo cruzado, e prossegue quando o grupo tenta reconstituir uma estação de água num vilarejo.

O roteiro é assinado por Chris Roessner, que se inspirou na própria experiência de soldado no Iraque. Quando Coimbra recebeu o ‘scriot’, Hoult, como dizem os norte-americanos, já estava ‘on board’, contratado. “Isso é muito comum. Produtores independentes em geral precisam de aval para viabilizar seus projetos.

O sucesso de Nicholas em X-Men e Mad Max – Estrada da Fúria, fez dele um nome forte na indústria. Henry (Cavill) se interessou, quis fazer o papel do Capitão Syverson e também se integrou.” Na ficção de Castelo, Cavill faz o oficial poderoso, visto pelos olhos do garoto. Isso lhe confere uma dimensão meio mítica, mas um tanto cínica, também. O repórter arrisca – o tema embutido no filme lembra John Huston. A validade do esforço e a inevitabilidade do fracasso. A futilidade da guerra – todo o esforço para reconstituir a estação de água só dura até o próximo ataque. Algo como o mito grego de Sísifo. “Você é que está dizendo. Por enquanto, só ouço”, diz Coimbra.

Fonte: Estadão Conteúdo

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