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Festival de boas idéias

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ViDEOCLIPE - Michele Régis recebe prêmio pelos Poetas Elétricos

A quantas anda a produção cinematográfica potiguar? Na visão do júri da Mostra Nordeste de curta-metragem que premiou os melhores trabalhos inscritos na edição 2006, a cena local ainda precisa melhorar para competir em nível regional.

A cerimônia de premiação da Mostra competitiva, incorporada ao festival Mada, ocorreu sábado passado na Casa da Ribeira e contou com a participação de um bom público embora a chuva tenha intimidado a presença da mesma galera que lotou todos os dias do evento durante a semana.   

Na ocasião, a produção ainda homenageou os documentários potiguares “Retratos do Brasil”, da diretora Danielle Brito, e “Solaris Discos”, de Alexandre Alves e Ricardo Pinto. Outros quatro curtas convidados foram exibidos antes da divulgação dos vencedores.

Embora seis dos 16 trabalhos que concorreram aos prêmios em dinheiro fossem potiguares, a produção local não teve vez em nenhuma das categorias votadas pelo Júri Oficial.

De fato, a falta de apoio institucional acaba refletindo na produção. Antes da premiação, o idealizador do Mada, Jomardo Jomas, ressaltou as dificuldades para a realização do evento este ano. “O conselho estadual da lei de incentivo à cultura Câmara Cascudo demorou oito meses para analisar o nosso projeto e  no final disse que o Mada não tem relevância cultural. A Casa da Ribeira cheia durante a semana para ver essa Mostra de curtas é a nossa resposta para eles”, desabafou.

O consolo potiguar acabou ficando por conta do júri popular que premiou o curta da casa  “Memórias de Um Pequeno Parente do Mar”, do diretor potiguar Oiciruam Ilum. O prêmio foi de R$ 500.

Na voz dos jurados, Bahia (“Reverso”, de Gabriel Teixeira, Daniel Dourado e Paula Príncipe) e Pernambuco (Textículos de Mary e outras histórias”, de Flávia Lima) foram os melhores nas categorias ficção e documentário, respectivamente, e levaram para casa 2 mil  reais, cada. Na segunda e terceira posição, sem distinção de categoria, Ceará (“Marilza e a lata de leite”, de Michelline Helena) e  Paraíba (Senhor de Engenho”, de Bertrand Lira) também foram premiados com mil reais e quinhentos reais, respectivamente.

Para o cineasta Augusto Luís Lula, que compôs o júri, os diretores dos curtas locais tiveram boas idéias. No entanto, pecaram no uso da linguagem cinematográfica. “Já é bastante complicado você misturar a linguagem de vídeo com a cinematográfica. E o fundamental foi isso. Tivemos idéias geniais, mas a formatação complicou. A gente (o júri) chegou a discutir se ia premiar um trabalho local por ser da casa. Mas achamos que seríamos injustos com os demais. Fiquei triste, mas no fim prefiro ficar com aquela frase de Caetano Veloso, que disse que achava o júri simpático, mas incompetente”, brincou.

A saída para alavancar a produção local, segundo ele, é uma só: “Fazer, fazer e fazer. Não tem outra fórmula. Tem que produzir. Acho que todos foram vencedores por estarem competindo. Idéias temos. Falta só a técnica”, afirmou.

Além da Mostra Nordeste, o evento ainda premiou o melhor videoclipe da noite, que foi para diretor Mário Ivo Cavalcante pelo video Palarveando, da banda Poetas Elétricos.

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