O violeiro Felipe Pereira é discípulo de Pedro Bandeira, conhecido por construir versos
em diversas modalidades
rítmicas
Principais nomes do gênero no Nordeste mostarão diversas modalidades da cantoria de viola. Da nova geração estão Felipe Pereira, Zé Viola, Helânio Moreira e os veteranos Severino Feitosa, Evaldo Filho, Oliveira de Panelas, Djair Olímpio, Antônio Lisboa, Amâncio Sobrinho, Iponax Vila Nova, Ismael Pereira, André Santos, Valdir Teles e João Lídio.
O repente e a cantoria de viola são tradições da era medieval ibérica, quando trovadores e cantadores percorriam região em região com a viola nas costas para cantar os seus versos. Na cantoria moderna, o humor, a picardia e a rapidez de raciocínio sobre causos do dia do dia são características marcantes do gênero.
“Não importa a beleza da voz ou a afinação – o que vale é o ritmo e a agilidade mental que permita encurralar o oponente apenas com a força do discurso”, comentou Carlos Furtado, conhecedor do tema.
Nas diversas modalidades, a métrica do repente varia assim como a organização dos versos. A sextilha é o preferido dos cantadores nordestinos, a estrofe de seis versos em que o primeiro rima com o terceiro e o quinto, o segundo rima com o quarto e o sexto. Tem as variações mais complexas como o martelo, o martelo alagoano, o galope beira-mar e tantas outras.
O instrumental desses improvisos cantados também varia: daí que o gênero pode ser subdividido em embolada (na qual o cantador toca pandeiro ou ganzá), o aboio (apenas com a voz) e a cantoria de viola.
Serviço
VI Encontro de Violeiros e Repentistas do Natal em Natal. Nesta quarta-feira (19), a partir das 19h.
Local: Árvore de Mirassol.
