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FIERN critica corte de recursos para o Sistema S

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O presidente da Federação da Indústria do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo criticou, em nota, o anúncio de corte de recursos para o Sistema S a partir de 2019. Para ele, o anunciou surpreendeu o País. “Tal medida, se concretizada, irá provocar a extinção de importantes iniciativas e programas, num claro prejuízo aos trabalhadores do Rio Grande do Norte e do país que usufruem dos serviços de educação, saúde, assistência, cultura e lazer mantidos por essas instituições”, destacou Sales.

Sales: Acreditamos que o futuro ministro da Economia não sabe a importância dessas instituições

Sales: “Acreditamos que o futuro ministro da Economia não sabe a importância dessas instituições”

As entidades que integram o Sistema S, como o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), promovem educação básica e profissional, inovação, tecnologia, saúde e segurança no trabalho, formando dezenas de profissionais que são encaminhados ao mercado de trabalho.

“Acreditamos que o futuro ministro não sabe a importância dessas instituições para o país. Não tem noção do prejuízo que representaria um corte desse tamanho em entidades que têm utilizado, de maneira qualificada e transparente, os recursos destinados pelas empresas privadas para suas ações”, argumentou o presidente da FIERN.

De acordo com a Federação, a proposta do ministro Paulo Guedes de corte de 30% nos recursos do SESI e SENAI, se levada adiante, representará o fechamento de 162 escolas de formação profissional do SENAI no Brasil e o corte de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionais oferecidos por ano. Desde 1942, o SENAI já qualificou mais de 73 milhões de brasileiros.

O corte também afetará  o SESI. Pelo menos que 155 escolas da instituição no país poderão fechar, extinguindo 498 mil vagas para alunos do ensino básico ou na educação de jovens e adultos. “Os danos do corte proposto pelo ministro Paulo Guedes se estenderão também à empregabilidade. Cerca de 18,4 mil trabalhadores do SESI e do SENAI (a maioria educadores) em todo o país terão de ser dispensados. Isso num momento em que o país luta para diminuir os índices de desemprego, que atingem mais de 14 milhões no país e que deveria merecer prioridade do novo governo”, declarou Amaro Sales.

O presidente da FIERN ressaltou, ainda, “que o custeio do SESI e SENAI se dá por meio da contribuição das empresas industriais, ou seja, de verbas do setor privado.  Não entra um centavo do Governo Federal no Sistema “S”, que é mero repassador dos recursos arrecadados junto ao segmento industrial”.

Para ele, a saída para o caos financeiro da União está em cortar “o excesso da máquina pública para buscar o financiamento de suas atividades e não retirar recursos de um Sistema consolidado por mais de sete décadas de serviços prestados ao país. É incompreensível que tente destruir uma das raras iniciativas que deu certo no Brasil e é referência mundial, sobretudo na área de ensino profissionalizante.  O país precisa mudar, mas não será com medidas equivocadas e falsamente miraculosas e bombásticas que construiremos um futuro melhor para todos”, frisou Sales.

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