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Fifa investiga parceria do Corinthians com MSI

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limpo Joseph Blatter exige transparências nas parceriasA Fifa quer saber quem está por trás dos investimentos da  MSI no Corinthians. O presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter,  revelou nesta sexta-feira, na sede da Fifa, em resposta a uma pergunta da Agência  Estado, que um comitê preparou um relatório preliminar sobre o fundo de  investimentos, e o documento será apresentado durante o Congresso Anual da Fifa,  que ocorre no dia 7 de junho, em Munique. 

“Após a Copa do Mundo, aprofundaremos as investigações. A raiz do problema é  saber quem é o dono. Queremos clareza e transparência”, afirmou Blatter, em  entrevista a jornais de todo o mundo. O tema da MSI, que não revela quem são  seus investidores, entrou na agenda da Fifa no ano passado, quando a entidade  criou um comitê especificamente para avaliar a situação financeira do futebol. 

A MSI é dirigida pelo iraniano Kia Joorabchian, mas o russo Boris Berezovsky  é tido como o magnata que está por trás do fundo. O russo já admitiu que construiria  um estádio para o Corinthians, mas, questionado se estaria de acordo  com a abertura da informação sobre os investidores da MSI, o russo hesitou em  responder. “Estou ocupado até a semana que vem”, afirmou. Depois de muita insistência,  apenas disse: “Essa pergunta deve ser feita ao Kia, não para mim”. 

Um dos pontos principais desse trabalho é a investigação sobre quem são os proprietários  dos clubes diante da proliferação de casos de um empresário contar com mais  de um time em um campeonato. Outro ponto da investigação é a presença de sociedades  anônimas em clubes, como no caso do Corinthians.

Em uma reunião na Fifa, no  ano passado, um representante de Justiça brasileira apresentou dados sobre a  MSI. “Isso nos permitiu iniciar bem o trabalho (de investigação). Mas  ainda não está claro até hoje a estrutura de quem comanda o Corinthians”, afirmou  Blatter.  “Em alguns casos, a identificação de quem são os donos de um clube é fácil.  O mais difícil é quando grupos como sociedades anônimas estabelecidas em ilhas  no Pacífico ou Gibraltar são apresentadas como proprietários de clubes. Ai sim  temos uma situação delicada”, disse o dirigente, fazendo referência à fundação  de sociedades em paraísos fiscais que permitem que os nomes de beneficiários  de contas sejam mantidas em sigilo. 

“Durante o Congresso Anual, vamos apresentar um relatório intermediário sobre  o assunto e o caso da MSI fará parte. Existem organizações como essa em que  não está claro como foram formados e as pessoas por trás delas. Por isso vamos  investigar. Obviamente que apenas podemos investigar a partir do ponto de vista  esportivo. Por isso, vamos pedir a ajuda da CBF e da FPF. Mas se for necessário,  pediremos a ajuda da polícia e da Justiça nas investigações”, disse Blatter.   

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